As visitas ao bebé
Espiritualidade

As visitas ao bebé


Por Quintino Aires
Quando nasce um bebé todos o querem conhecer

É natural, pois a imagem de um bebé humano desencadeia em cada um dos outros humanos sentimentos de felicidade, que todos, naturalmente, procuram; e existe também o desejo de conhecer o novo elemento da família, ou apenas o novo rebento de um amigo ou amiga de longa data. A visita ao bebé é também uma forma de agradar aos pais, que se imagina estejam felizes com a chegada do filho, pois como o povo diz, quem meu filho beija minha boca adoça, pelo que a visita é uma forma de os agradar. Mas nem sempre corre bem, ou pelo menos não tão bem como em teoria se poderia imaginar.

Os pais já não estão à margem da educação dos filhos, e integram-se desde os primeiros dias. Mas será a biologia compatível com uma mudança tão radical? Tenho as minhas dúvidas. E as minhas questões começam logo com a impreparação do bebé para, já nos primeiros meses, estabelecer vínculos emocionais com mais do que uma pessoa. O mundo é ainda uma enorme confusão, que felizmente quase não atende, pois de contrário entraria sistematicamente em stress, já que o córtex cerebral do bebé não consegue processar ainda uma tão grande quantidade de informação. Por isso a natureza equipou o bebé humano com um padrão fixo de ação, aquilo que há muitos anos se chamava instinto, para que ele se vincule rapidamente a um humano.

Os pais estão emocionados com o novo filho, e as emoções toldam a razão; existe um natural sentimento de proteção para aquele pequenito desprotegido que depende totalmente deles; e não podemos esquecer, nem mesmo criticar o natural egoísmo de quem se sente realizado com o novo estatuto de pai ou de mãe. Já se percebe daqui que a visita ao bebé pode ser um momento de grande tensão, à qual se pode acrescentar a fadiga natural resultante de uma enorme espectativa que se acumulou até ao momento do nascimento e a falta de repouso agora que a atenção ao novo habitante da casa impede as necessárias horas de sono e de descanso.

Surgem as tensões. A avó que quer pegar no bebé e a mãe que se aflige com a cabeça e o braço que parecem mal posicionados. A tia que não se cala com um e outro e ainda outro conselho, como se fosse uma pediatra ou uma educadora infantil especializada em recém-nascidos. A colega de trabalho que chegou na hora em que o menino ia descansar e provavelmente dormir, o que também seria um importante momento de sossego para os pais.
Quando, anos depois, se olha para trás e se conversam todos esses stresses, naturalmente que dão azo ao riso. Mas no momento a tensão fica tão forte que muitas vezes surgem mesmo discussões e zangas. Por isso a importância de um alerta quer para os recém pais quer para aqueles que visitam o bebé. Claro que o alerta é mais dirigido aos visitantes, pois os novos pais estão demasiado emocionados para se lembrarem do que aprenderam enquanto se preparavam para a nova função. Por isso me parece que devem ser os avós, os tios, os amigos e os colegas de trabalho a consciencializar que aquele é um momento importante mas emocionalmente difícil para os pais, e por essa razão devem tentar perceber pelos sinais discretos que se possam perceber e evidenciar alguma tensão. Os pais estão demasiado envolvidos com os cuidados ao bebé, e devem ser desculpados pela falta de disponibilidade para as incursões dos familiares e amigos. Nada disto significa que não fiquem felizes com a visita ao seu bebé; mas existem momentos nas nossas vidas que a emoção tolda a razão, e naturalmente que as zangas são desnecessárias e evitáveis. E ser avó, ser tia, ser amiga ou colega de trabalho pode também significar ser aquela pessoa que oferece ao outro, de quem se gosta, poderem colocar-se num pedestal emocional no qual saboreiem aquele momento tão especial nas vidas deles. Com os dias, ou as semanas, todos poderão saborear a companhia do bebé, num tempo em que os pais não estejam tão tensos, e mais disponíveis para algum exagero da parte daqueles que se querem juntar à felicidade.

Abraço,
 



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