O problema do álcool assombra muitas pessoas. A maior parte delas tem consciência das consequências associadas ao consumo excessivo e frequente de álcool, mas não consegue evitar a sua ingestão. Na hora de beber há a tendência a pensar 'eu bebo só este copo e é o último', mas o pensamento persiste e nunca se chega a finalizar este ciclo. Além disso, muitas pessoas encontram-se em fase de negação, isto é, elas não negam que gostam de beber álcool nem que o façam com frequência. Isso é um facto e contra factos não há argumentos. O que elas negam é que estejam viciadas. Na mente delas, são capazes de parar de consumir produtos alcoólicos quando quiserem. Mas a verdade é que não conseguem. Em casos extremos, este problema afecta toda a família e pode trazer graves danos à estrutura familiar. Em episódios de bebedeira, os indivíduos podem tornar-se agressivos e até mesmo maltratar, física ou psicológicamente, os membros da sua própria família. Isto começa cada vez mais cedo, pois actualmente os jovens de 13 e 14 anos já são clientes assíduos de bares e discotecas, fazendo despesa todas as noites, com ou sem conhecimento dos pais. Deveria existir um controlo mais regrado para as crianças e adolescentes, bem como informação disponível acerca deste assunto. Qual a solução para os problemas com o álcool? Em primeiro lugar é preciso ser capaz de admitir e tomar consciência de que é difícil, senão impossível, resolver a questão sozinho. Admitir ter um problema não é sinal de fraqueza, fraqueza é persistir no erro ao invés de o corrigir. Pode acontecer a qualquer pessoa, não há que ter vergonha. Depois deve procurar-se acompanhamento médico. A grande dificuldade está mais em admitir do que em tratar. Mas com apoio familiar e de amigos tudo se torna mais simples.