PINTORES DO ALÉM
Espiritualidade

PINTORES DO ALÉM


PINTORES DO ALÉM
Entrevista Realizada por.: Érika Silveira e Victor Rebelo

Através da mediunidade de Valdelice Salum, grandes nomes da pintura continuam a nos presentear com magníficas e belas obras de arte, colaborando também para o engrandecimento do espírito

Há 30 anos, a médium Valdelice Salum faz de suas mãos um instrumento de trabalho para que artistas renomados do passado possam continuar trazendo beleza e cor para a humanidade.

Através do fenômeno mediúnico conhecido como psicopictografia ou pintura mediúnica, processo pelo qual o plano espiritual se manifesta pelas mãos e pés de um médium, Valdelice já pintou telas assinadas por artistas como Pablo Picasso, Claude Monet, Vincent Van Gogh, Leonardo Da Vinci, Salvador Dali, Toulouse Lautrec, Cândido Portinari, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, entre outros. Apesar de nunca ter freqüentado uma escola, a veracidade do trabalho da médium nascida em Condiuba (BA) foi reconhecida por peritos em arte e sua atividade já foi exibida inúmeras vezes pela mídia, em apresentações realizadas tanto no Brasil como no exterior.

Valdelice tinha visões desde a infância na cidade baiana, mas foi somente depois de casada que ela resolveu tentar compreender a mediunidade aflorada. "Procurei o Chico Xavier e contei o que se passava comigo. Ele disse que eu deveria encontrar um centro para desenvolver minha mediunidade, pois os artistas estavam ali do meu lado, aguardando o momento de iniciarem o trabalho", explicou.

Desta forma, a médium entrou na doutrina com fé e confiança em Deus, esperando o que o destino lhe reservava. Sua primeira aparição em público aconteceu no Lar Maria Lobato de Freitas, em Uberlândia (MG), onde permaneceu 17 anos. Atualmente, sempre acompanhada pelo amigo e assistente Kleber Torres, Valdelice faz apresentações em diversos locais para os quais é convidada, além de dirigir a Casa Fraterna Francisco de Assis, uma entidade criada a partir da solicitação dos espíritos e que auxilia várias famílias carentes da região de Pirituba, zona oeste de São Paulo (SP).

Quando surgiu a mediunidade em sua vida?
Valdelice Salum ? Ainda criança, na roça onde morava, eu via as telas que os espíritos me mostravam, olhava para o céu e enxergava elas se formando e caindo em forma de escada. Mas como não possuía conhecimento de arte naquela época, nunca tinha ouvido falar em galeria, cultura, nada disso, não entendia o significado daquilo. Só depois de casada é que tive oportunidade de adquirir mais conhecimento artístico e ver obras em livros.

Como é o processo de composição das telas?
Fiquei seis anos rabiscando, desenvolvendo coordenação motora, pois sou semi-analfabeta, sei apenas ler, não escrever. Eu vejo os espíritos formando uma fila atrás de mim, eles vão chegando durante o trabalho. Às vezes, outros médiuns videntes também os vêem, desde o início sempre foi assim. Eu fico totalmente envolvida no trabalho, as cores e a beleza são bem diferentes da Terra, por mais que eles se esforcem para passá-las com toda a fidelidade possível. Mas o importante é transmitir a mensagem através do amor e da energia que eles colocam nas telas, principalmente as cores utilizadas, que se tornam uma espécie de cromoterapia feita com o público presente nas apresentações.

Existem dias e horários específicos para que ocorram as manifestações mediúnicas?

Sim, desde o início, as manifestações acontecem nos dias e horários pré-determinados por mim.

Os trabalhos produzidos já foram analisados por peritos em arte?
Sim. Certa vez, por exemplo, duas senhoras que trabalham com cubismo foram ver o Picasso pintar. Elas chegaram cheias de dúvidas, pensando que não fosse ele, mas depois pediram para testemunhar, porque, durante a apresentação, ele mostrou a diferença entre um cubismo sintético e um analítico, detalhes que somente um conhecedor profundo de artes saberia reconhecer. Um outro artista, chamado Marcos Garrot, também nos disse que tudo era impressionante, pois uma pessoa que começa um trabalho artístico não tem firmeza para desenhar um traço ou um esboço. Ainda que se tenha 20 anos de pintura, mesmo assim, é impossível repetir o trabalho de tantos artistas diferentes. Em uma apresentação para uma emissora de tv, foi solicitada a presença de um perito em arte na área judicial para comentar o meu trabalho. Ao ser perguntado sobre a veracidade deste, o perito se impressionou com a qualidade artística das obras e, em uma análise mais profunda do trabalho de Van Gogh, disse: "O quadro tem a caligrafia pictórica do artista, ou seja, os movimentos que o artista faz para pintar".

Você procura aprender alguma técnica de pintura para ajudar no trabalho mediúnico?

Não. No começo, inclusive, disseram que eu deveria procurar artistas plásticos para o meu desenvolvimento, a fim de facilitar a manifestação dos espíritos. Na dúvida, falei mais uma vez com Chico Xavier, para saber o que fazer. Ele me perguntou se desejava ser artista e eu respondi que não, que não tinha pretensão nem capacidade para isso. Então, Chico disse que não deveria me preocupar, pois não seria eu que pintaria, mas os espíritos, cada um fazendo seu próprio estilo de pintura.

Depois de tantos anos de trabalho, você já possui um pouco mais de conhecimento em pintura?

Vamos aprendendo. Já consigo diferenciar os trabalhos, pois até a postura do artista muda, a forma como coloca a mão, peculiaridades pequenas mesmo.

As telas produzidas são vendidas depois? Como é utilizada a verba arrecadada?
Levamos as telas para cada lugar em que vamos fazer a divulgação do trabalho, vendendo-as no local e destinando a renda obtida para a entidade que estamos ajudando. Já as telas que foram pintadas na apresentação são sorteadas entre aqueles que se interessam. Cada trabalho é um tratamento através das cores e aquela pessoa que precisa ter a obra para continuar absorvendo mais energia é sorteada. A verba é destinada também aos trabalhos sociais mantidos pela nossa casa.

Para você, qual é o grande objetivo do trabalho com pintura mediúnica?
Valdelice Salum ? Provar que a vida continua e fazer a caridade que esses espíritos não conseguiram realizar em vida, ajudando aquelas pessoas que necessitam. Além disso, oferecer também assistência espiritual para o público presente, seja encarnado ou desencarnado.

Como você se sente ao servir como um instrumento de ajuda?
Sinto-me feliz de saber que as obras dos artistas que trabalham comigo ajudam as pessoas que precisam, que aprendem com eles. Fico contente de doar um pouco do meu tempo, que é a única coisa que posso oferecer, esta é minha grande alegria. Como o Chico Xavier me disse certa vez, "é um trabalho de evangelização através das cores".

Para encerrar, que mensagem você gostaria de deixar para os médiuns que queiram fazer um trabalho com psicopictografia?

Principalmente, o médium precisa saber se possui a mediunidade de pintura. Depois, ele não deve ter pressa de se apresentar, deve deixar que os espíritos desenvolvam a coordenação motora, até que cada artista reúna condições de mostrar a personalidade e o estilo artístico que possuia quando encarnado para aqueles que não acreditam na vida após a morte.

Artigo.: Pintores do Além
Entrevista Realizada por.: Érika Silveira e Victor Rebelo
Edição Especial (n.03) - REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO
IMAGEM.: Do Próprio Artigo

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