3 tipos de educação
Espiritualidade

3 tipos de educação


Podemos dizer que a educação é um aspecto persistente, característico de todas as sociedades humanas.

Entretanto, há diversas formas de educação, assim como diferentes são os agentes que procuram desenvolver a educação, cada um conforme seus ditames específicos.

Podemos considerar, aqui, a educação proveniente de nossos pais, a que nos é incutida pelos nossos mestres e, finalmente, a que o mundo nos oferece.

1. A EDUCAÇÃO FAMILIAR: Como instituição social nuclear, torna-se evidente a imensa importância da família como órgão de controle social. Tal função a família exerce através da educação.

Sendo a família uma instituição de natureza simples, onde nada está escrito, mas tudo gravado no coração e na mente, a educação é processada através da conscientização de princípios muito claros e eficazes para uma imediata atuação da criança no mundo em que vive ou vai conquistando, através do seu crescimento físico-mental que se processa durante a infância, a adolescência e a própria maturidade.

Mas o direito dos pais de educar os filhos não é ilimitado e absoluto. Não podem educar os próprios filhos, quer contra os direitos da personalidade desses filhos, quer contra os direitos do bem comum.

Conclui-se, portanto, que a educação familiar tem por objetivo o bem-estar natural dos filhos, bem como o ajuste deles na sociedade, como elementos indispensáveis ao bem de todos.

2. A EDUCAÇÃO ESCOLAR: A escola é a instituição que sistematiza, aperfeiçoa e completa a ação educativa da família e da sociedade. Tempos atrás pretendia fornecer uma educação integral aos educandos, procurando desenvolver todos os aspectos da personalidade, tais como o aspecto físico, o intelectual, o afetivo, o moral, o religioso, o cívico e o profissional.

Atualmente seu raio de ação parece limitar-se principalmente ao campo intelectual, onde nossos mestres preocupam-se quase que unicamente em passar importantes conteúdos das diversas ciências de que se ocupam os seres humanos, incluindo os estudos da língua pátria e algo insignificante sobre tecnologia básica.

Podemos ressaltar, ainda, que uma das finalidades da educação escolar consiste na formação social do educando, isto é, na sua integração perfeita no seio da sociedade. Para tanto, a escola leva seus alunos a uma vida comunitária na sala de aula, nos recreios, nos eventos comemorativos, nas competições desportivas, etc..

Os objetivos específicos da escola serão atingidos pelos nossos mestres, através da disciplina.

Quanto mais perfeita for a disciplina, maior será o resultado da educação na escola, porque os conteúdos, os múltiplos exercícios educativos, o respeito mútuo entre alunos e professores serão melhores assimilados, fazendo parte integrante da personalidade do educando.

3. A EDUCAÇÃO DO MUNDO: Ao lado da educação familiar e da educação escolar, existe a educação do mundo. Também o mundo apresenta-se como importante agente de educação. Tal educação é de natureza assistemática, isto é, foge das diretrizes organizadas pela educação escolar, onde tudo é concatenado numa ordem lógica ou cronológica.

A educação que o mundo fornece é ocasional e circunstancial. Depende do aprendiz a assimilação das sábias lições do mundo, que surgem gratuitamente aqui, ali, acolá: É um programa de televisão, é uma mensagem de rádio, é um cartaz que chama a atenção, é um artigo de jornal, é uma conversa com um amigo de esquina, é o lance genial de um simples vendedor, etc, etc.. Tudo é fonte de ensino e de educação.

Representa a concretização daquele dito popular: “Vivendo e aprendendo”, ou daquela outra afirmação: “Aprendi com a vida”.

Desta forma, o mundo transforma pessoas em mensageiros educacionais, que fazem às vezes de professores e oportunos educadores circunstanciais: é aquela apresentadora de televisão, é o locutor de rádio, é o colunista social, é o simples vendedor, etc..

Outros recursos infalíveis de aprendizagem e educação que o mundo fornece com abundância são as inúmeras experiências em que os indivíduos são obrigados a vivenciar no dia a dia. A experiência é a mãe da ciência, dizia Francis Bacon. De fato, através da experiência surge o conhecimento.

É oportuno lembrar também que uma das leis da aprendizagem é a “Lei da Atividade”: “Só se aprende a fazer fazendo”.

CONCLUSÃO: Os três grandes agentes da educação – a família, a escola e o mundo – têm campos específicos de atuação, mas um complementa e aperfeiçoa o outro, constituindo uma unidade harmônica em benefício do educando, que tem oportunidade de se transformar em excelente pólo cooperador no seio de uma sociedade.

É preciso que se diga, ainda, a educação jamais atingirá o ápice da perfeição possível, por isso, o espírito da família deve ser incentivado sempre ao crescimento e a conservação dos seus valores perenes; a escola deve, através dos seus mestre, buscar a plenitude do saber e da educação integral; o mundo deve dar maiores oportunidades para que seus mensageiros atuem com mais eficiência ainda.




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