A INJUSTIÇADA

Certo dia acordas e percebes que a tua vida não faz sentido, procuras algo que te faça levantar com um sorriso e vontade de continuar e não encontras. Levantar torna-se uma rotina cansativa e o único momento que te dá prazer é aquele que adormeces. O teu corpo não sente dor, encontra-se indiferente. O teu coração não esta apertado mas as lágrimas caem se que te dês conta. Procuras uma voz que te dê razões para continuar que te diga que a vida não é tão má como a pintas, uma voz que te digas que vale a pena acordar e viver porque ainda existem coisas boas e nessa altura que te dás conta que não ouves nada, apenas silêncio. Um silêncio que magoa, que faz doer, um silêncio de indiferença. Pedem alegria mas esquece-se que a vida nem sempre é alegria existem momentos maus, e é nesse momentos que te dás conta que ninguém se importa com ninguém, quem está bem, está quem não está estive. È nessa altura é que te culpas por achar que as pessoas mudam e o mundo ainda é igual a quando tinhas 10 anos, onde os amigos estão sempre presente apesar da ausência de problemas, onde os sorrisos eram verdadeiros e o único mal eram os amores não correspondidos. Dás-te conta que cresces-te e o mundo é cada vez mais injusto contigo, as pessoas mas mesquinhas e a amizade não é como era antes, que o conceito mudou. Aprendes que para vencer tens que o fazer sozinha, porque quando mais precisas o mundo esquecesse de ti, quando mais necessitas ele isola-te, deixa-te sozinha, ao deus dará. Aprendes que as pessoas só servem para ampliar a tua felicidade e não ser a própria felicidade. Nessa altura descobres a força que tens, e nessa altura descobres a amizade é por vezes ilusão. Quando precisam, tu serves, quando precisas eles fogem-te. Dás-te conta de quando o mundo é cada vez mais injusto e tu estúpida por acreditar que as pessoas mudam, e o que fazes por elas nunca será esquecido. Ergues a cabeça, segues em frente e a próxima vez que precisarem de ti terás que pensar duas vezes.

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