Espiritualidade
A MULTIPLICIDADE INTERIOR
Dentre as questões mal compreendidas para as pessoas, vemos uma questão que é deveras importante para aquele que anela sair do montão, que realmente quer fazer uma obra.
Nos referimos ao fato de acreditarem que são indivíduos íntegros, isto talvez pelo fato de seu corpo físico parecer uma unidade; porém se enganam.
Embora tenhamos como pessoas, um corpo físico único, nosso caráter psicológico é múltiplo, não somos uma unidade, somos um conjunto enorme de elementos contrários uns aos outros.
Queremos afirmar de forma enfática que se de verdade nos auto-observamos por um instante, se colocamos atenção em nossas ações, nossos sentimentos e nossos pensamentos, vemos que de instante em instante eles mudam constantemente, não somos íntegros.
Se torna mais que impossível chegar a ser uma unidade, se não admitimos que somos múltiplos, pois não podemos consertar algo que acreditamos estar correto. Porém se nos recordamos mesmo que por um instante em tudo aquilo que dissemos e fizemos em nossas vidas, vamos encontrar sem sombra de dúvida, muitas ações que logo foram contraditas, bem como palavras.
Esta questão de compreender que não somos uma unidade, não é questão de acreditar ou duvidar, precisamos deixar a preguiça de lado e verdadeiramente nos auto-observarmos com o objetivo de encontrar dentro de nós estes elementos que constantemente causam nossa miséria e desgraça.
Pois ocorre que vamos em um caminho, em relação a obra, e cada elemento dentro de nós quer algo diferente, então nossa vontade e nossa consciência dão diversos passos no caminho e logo vem outra característica psicológica que nada se relaciona com a obra e volta muitos passos; torna-se assim muito difícil esta caminhada, precisamos nos desfazer disto que nos pesa e não nos vai ajudar na obra.
Esta falta de continuidade de propósitos é explicada porque assim como o mundo é povoado por diversas pessoas, uma pessoa qualquer tem dentro de sí muitas pessoas. Vemos isto claramente quando nós ou alguém ao nosso redor muda completamente sua forma de falar, de agir e talvez até de sentir. Aquele elemento psicológico que tinha seus ideais é logo substituído por outro que nada se relaciona com o primeiro, e assim sucessivamente.
O Animal Intelectual que equivocadamente foi chamado homem não possui liberdade, não é um Homem autêntico, sequer chegou a conquistar sua Alma, pois a alma é um conjunto de virtudes, forças, poderes, dons, leis; e hoje o "homem" possui valores positivos e negativos, desejos, habilidades mundanas, descumprimento e distanciamento das leis divinas.
Se verdadeiramente anelamos acabar com tantas desditas em nossa vida, se queremos verdadeiramente mudar o rumo de nossa existência, se há em nós este ímpeto revolucionário de querer verdadeiramente transformar de forma radical nossa existência, então estejamos prontos de instante a instante para nos auto-observarmos e conhecer estes macabros personagens que vivem em nosso mundo interior, com o firme propósito de compreender profundamente suas ações.
Não podemos eliminar isto que no gnosticismo chamamos de Ego, Eu, Mim Mesmo, se primeiramente não compreendemos, em fatos, que não somos um indivíduo integro, senão muitos. Não podemos erradicar de nosso interior estes verdadeiros demônios, se não compreendemos profundamente a raiz destes elementos, de que vivem e como atuam.
Após a descoberta, a analise profunda o enjuizamento, se apela a forças terrivelmente divinas para que nos auxilie neste trabalho de desintegração do defeito. Estamos nos referindo a Bendita Mãe Devi Kundalini, também conhecida como Maria, Maia, Isis e diversos outros nomes as quais atribuíram a esta deidade feminina a qual foi chamada Mãe de Deus.
Dentro de cada defeito, de cada um destes elementos negativos aos quais citamos, se encontra uma centelha divina, uma virtude inefável do altíssimo, que no momento está aprisionada dentro de nós mesmos, aqui e agora.
Resulta espantoso ver as grandes mudanças e transformações, tanto físicas como internas, que são geradas pela liberação disto que chamamos de Essência.
No mundo não há inimigos, pois estas pessoas internas não poderiam nos fazer dano se não fosse por este inimigo oculto que carregamos dentro. Dentre os chefes destas legiões de defeitos, citamos: Luxúria, Ira, Orgulho, Preguiça, Gula, Cobiça, Inveja e Medo. Estes sim são nossos inimigos, e sem eles nossa vida seria muito diferente, algo muito distinto.
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