A PRÁTICA DO SILÊNCIO
Espiritualidade

A PRÁTICA DO SILÊNCIO


Milhões de pessoas se refugiam do barulho psicologicamente ensurdecedor das suas emoções desordenadas ligando o rádio, a televisão ou o aparelho de som a todo volume. Fogem do confronto consigo mesmas distraindo-se com as misérias e dramas, reais ou imaginários, do mundo externo. Para quem busca a felicidade interior, o autoconhecimento é inevitável. A prática do silêncio começa no plano físico. A abstenção gradual de filmes ou músicas que agitam as emoções, assim como do rádio e de conversas tolas, é um dos primeiros passos. Em seguida, o desafio da prática do silêncio se transfere para o plano das emoções e dos pensamentos. O silêncio emocional é a renúncia a todo desejo dispersivo. Ele abre as portas da paz interior. Concentrar-se no que a vida colocou diante de nós é o caminho da sabedoria. Fazer o melhor que podemos a cada instante é o segredo da vitória.O uso do silêncio é, pois, uma arma indispensável para o guerreiro que busca sabedoria. Mas o silêncio não significa, necessariamente, ausência de palavras. O sábio pode praticar um silêncio setorial enquanto convive fraternalmente com as pessoas, evitando pensar ou falar sobre questões pessoais e mantendo seus pensamentos e palavras em um nível acima das questões menores. A sinceridade com todos deve ser exercida em um plano superior, para que não se transforme em um fator de destruição das relações humanas. A impessoalidade produz paz interior, assim como a preocupação consigo mesmo gera ruído emocional. À medida que o silêncio psicológico se amplia em nossa vida, passamos a poder ouvir, com clareza crescente, aquilo que os místicos chamam de a voz do silêncio, o som da nossa alma imortal, a música eterna que nunca cessa e que só não escutamos enquanto nossos ouvidos são tapados por nossa agitação pessoal. Quem ouve a voz do silêncio recebe um magnetismo vital de grande poder. Não há fonte de energia maior que o contato com o mundo divino. Arthur Schoppenhauer escreveu que a inteligência do ser humano parece estar na razão inversa da sua capacidade de suportar barulho. O que o filósofo queria dizer com isso é que a sociedade atual reprime a inteligência espiritual das pessoas. A máquina de circulação de dinheiro não precisa de cidadãos criativos. Ela busca transformar os seres humanos em consumidores ávidos, barulhentos, compulsivos, escravos dos seus desejos criados artificialmente pela própria máquina. A inteligência espiritual, por outro lado, brilha na razão direta do nosso prazer pelo silêncio – nos diversos planos, físico, emocional e mental. O amor e a amizade profundos andam juntos com a inteligência espiritual. Quando há verdadeira afinidade, as almas se compreendem sem necessidade de muitas palavras. Então o silêncio não causa constrangimento nem precisa ser quebrado com palavras fúteis, porque é cheio de luz e significado.Há, também, um tipo de silêncio que é feito de resignação. Ele surge da desagradável compreensão de que as palavras são incapazes de traduzir os nossos sentimentos mais nobres e profundos. Em geral, perdemos muita energia tentando expressar o que não pode ser dito com palavras. Jogamos fora grandes quantidades de energia magnética tentando impor aos outros nossas opiniões em discussões intermináveis, até que aceitamos o fato de que as palavras são instrumentos limitados. Elas só podem mostrar algo a quem já tem, dentro de si mesmo, todas as condições de ver aquilo que vemos. Esse silêncio nasce como um sinal de modéstia, uma calma aceitação dos nossos limites. Percebemos então que é inútil pretender falar de tudo o que sentimos, dizer tudo o que sabemos ou expressar todas as nossas intuições. O amor sublime e a sabedoria suprema existem no silêncio. Não dão garantia de nada. Eles são sempre mutilados quando os arrastamos para o território das palavras, na tentativa de obter segurança. As palavras podem ir até o nível do supremo, mas o supremo não pode ser trazido para o nível das palavras. As palavras podem navegar no silêncio, e isso é que produz sabedoria. É o medo do desconhecido e o apego à rotina que nos faz exagerar o papel das palavras em nossa vida.



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