Compreensão do Sentido da Vida
Espiritualidade

Compreensão do Sentido da Vida


Compreensão, segundo Piaget, é o segundo estágio do conhecimento, que ocorre quando o indivíduo se apropria da informação.

Existem muitas respostas para esta questão:
- as que afirmam a inexistência do sentido da vida
- as que afirmam que esse sentido se pode encontrar no mundo humano e natural pelo empenhamento e pela participação em projetos políticos ou sociais reformistas.
- as que afirmam que o sentido da vida se encontra na relação com o sagrado, ou seja, nas religiões.
Quando as pessoas se ligam a outra dimensão da realidade descobrem outra orientação para a sua existência.
Do ponto de vista cientifico, os experimentadores que tem estudado a influencia da religião dizem que as pessoas crentes defendem-se muito melhor das doenças tendo um sistema
imunológico mais forte.
A experiência religiosa permite nos tomar consciência da nossa finitude, dos limites da condição humana e assim nos desperta para um novo sentido de vida.

"O sentido do mundo tem de estar fora do mundo.
No mundo tudo é como é e tudo acontece como acontece, nele não existe qualquer valor.
Tudo o que acontece e tudo o que é, o é por acaso”. Filosofo Ludwig Wittgenstein

No existencialismo, considera-se que a vida não tem a partida um sentido, sendo os indivíduos a irem construindo-o. Para os existencialistas não é possível uma compreensão racional do Universo e a vida humana encontra-se permanentemente no limiar do absurdo.
Assim estes adotam uma atitude emocional perante a vida.

Eis as teses do existencialismo, segundo Sartre, enunciadas na obra O existencialismo é um Humanismo: Deus não existe:
Sartre adaptou a tese de Nietzsche: Deus está morto, pois forma os humanos que criaram Deus a sua imagem e semelhança e agora sabem que isso não passa de uma ficção.
Se Deus não existe, então tudo é permitido, o que significa que a vida não tem a partida, nenhum sentido e compete a cada um de nos criá-lo.

A existência precede a essência:
Senão há um Deus que possa ter concebido a essência ao ser humano, então não há nada a que possamos chamar natureza humana. Se não há Deus não há um plano prévio que devamos cumprir, não há desígnio. O ser humano existe, e é no decurso da sua existência que se vai fazendo a si mesmo a essência só aparece no fim. Enquanto existente temos um conjunto de possibilidades que nos obrigam a escolher o que implica admitir que temos livre- arbítrio.

Estamos condenados a ser livres:
Se a vida não tem a partida, sentido determinado, então temos de ser a cria e o sentido da nossa própria vida. Por isso estamos condenados a liberdade.

A angústia:
Somos inteiramente livres, logo, inteiramente responsáveis, porque se não ha natureza humana, ao construir-me (fazer opções, tomar decisões) estou a construir a essência do próprio ser humano.
Mas ao mesmo tempo estamos sós perante o universo, pois não temos a quem imputar responsabilidades nem a quem pedir auxilio: é este sentimento de solidão que esta na origem da angustia.
O sentido da vida na filosofia antiga consiste principalmente da aquisição da felicidade
( Eudaimonia designa o fenômeno da felicidade ).

"Após Platão, a alma imortal humana consistia de três partes: a razão, a coragem e os instintos. Apenas se essas três partes estivessem em equilíbrio e não se contradissessem mutuamente, o ser humano poderia ser feliz.
Seu pupilo, Aristóteles, não julgava a felicidade como uma condição estática, mas sim um constante ativo da alma. A felicidade humana perfeita só poderia ser encontrada na contemplação da vida (bios theoretikos), isto é, no filósofo e/ou no pesquisador científico.

O estoicismo derrubou a virtude em posição da felicidade. Só aqueles que vivem em uníssono com a ordem do cosmo, livre de emoções, desejos e paixões e seja indiferentemente perante ao próprio destino, alcançaria o estado final "apatia". Esta insensibilidade perante os acontecimentos da vida, o "paz estóica", significava a verdadeira felicidade.

Por outro lado para Epícuro, o sentido da vida jaz no desejo. Condições prévias de felicidade era a superação do medo e da dor. Recomendava-se ainda a isolação da vida pública resguardando-se apenas a um pequeno círculo de amigos.

O amor dá sentido às nossas vidas, tal como a amizade, ou a arte, ou a crença em Deus.
São fatores de felicidade, de paz interior, de harmonia, que suportam as nossas existências.
Mas há o outro lado. Há a crueldade do mundo, a dor, o mal, para já não falar da morte. Eles são tigres escondidos, emboscados e prontos a atacar os incautos, para usar uma imagem presente nas escrituras budistas. Eles podem ser fatores de infelicidade, geradores de falta de sentido da nossa vida.
E são entre estes dois pêndulos que se desenrolam as nossas vidas. E quando pensamos em tudo isto, os nossos estados de alma, originam diversas e desencontradas reflexões sobre o sentido da vida.

O sentido da vida, que durante séculos pensadores, filósofos e, em geral, os seres humanos buscaram, foi finalmente desvendado: "A vida é para ser desfrutada”.
No extremo oposto, entretanto, figuram personalidades mais pessimistas, como Sigmund Freud, criador da psicanálise, e os escritores Frank Kafka, Jean-Paul Sartre e Joseph Conrad, Para todos eles, como ficou claro em seus escritos, a vida simplesmente não tem sentido.
Por sua vez, outros pensadores, como o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau e o físico Albert Einstein, autor da teoria da relatividade, achavam que o sentido da vida é "amar, ajudar e prestar serviços aos demais". Mahatma Gandhi, que afirmava: "Encontro meu consolo e minha felicidade me colocando a serviço de todas as vidas".
Para outro grupo de pensadores, a vida é simplesmente um mistério, como estava convencido Napoleão e também está o físico britânico Stephen Hawking, famoso por seu livro Uma breve história do tempo.
Finalmente, um menor número opinou que a vida é, simplesmente, "uma piada", entre estes, estão o cantor Bob Dylan e o escritor Oscar Wilde.

Qual é o sentido da vida? Como posso encontrar propósito, realização e satisfação na vida? Terei o potencial de realizar algo de significância duradoura? Há tantas pessoas que jamais pararam para pensar no sentido da vida. Anos mais tarde elas olham para trás e se perguntam por que seus relacionamentos não deram certo e por que se sentem tão vazias, mesmo tendo alcançado algum objetivo anteriormente estabelecido. Um jogador de baseball que alcançou o hall da fama deste esporte foi questionado sobre o que gostaria que lhe tivessem dito quando ainda estava começando a jogar baseball. Ele respondeu: “Eu gostaria que alguém tivesse me dito que quando você chega ao topo, não há nada lá.” Muitos objetivos revelam o quanto são vazios apenas depois que vários anos foram perdidos em sua busca.

Em nossa sociedade humanística, as pessoas vão atrás de muitos propósitos, pensando que neles encontrarão sentido. Entre eles estão: sucesso nos negócios, prosperidade, bons relacionamentos, sexo, entretenimento, fazer o bem aos outros, etc. As pessoas já viram que, mesmo quando atingiram seus propósitos de prosperidade, relacionamentos e prazer, havia ainda uma grande lacuna interior – um sentimento de vazio que nada parecia preencher.

O sentido da vida é descobrir qual é o sentido da mesma, ou seja, descobrir quem somos, de onde viemos e para onde vamos, desta forma nasce a filosofia e a busca da significação das coisas através da observação dos fenômenos que ocorrem na natureza, inclusive no ser humano.
Buscar o sentido da vida tem sido um enigma que vem ocupando a mente dos filósofos durante todos estes séculos. As diversas religiões tentam solucionar esta questão colocando o ser - humano como determinado a cumprir uma missão de perpetuar sua espécie. Mas sabemos que o sentido da vida não se trata apenas disso. Ele engloba todo pensamento sobre o existencialismo, sobre a procura da felicidade, sobre o amor ao próximo e outros.
O sentido da vida é o progresso material e espiritual. Por que os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se e morrem? Simplesmente para evoluírem com o auxílio das adversidades do meio, das mutações genéticas benéficas e das necessidades de se adaptarem. Por que a humanidade descobriu novas ciências, novas tecnologias e está a cada época mais civilizada? Simplesmente porque ela não pode impedir que a vida se oriente para o seu único farol luminoso: o progresso. É impossível impedirem o progresso. É impossível à humanidade regredir. A vida é um vetor com direção e sentido rumo à evolução da matéria e dos indivíduos espirituais.
O sentido da vida tem dois aspectos que são ao mesmo tempo a mesma coisa e não são a mesma coisa, tudo vai depender do ponto de vista em um dado momento de nossa vida. Os dois aspectos são: básico - é aquele que damos a ela (vida) e o que a vida dá a si mesma. Quando atingimos um dado momento de percepção clara da vida observaremos que não existe sentindo e nem vida, pois o que antes chamávamos de vida agora é algo muito mais vasto que só se manifesta em sua total plenitude quando é percebida em seu sentido ou direção (movimento). Então só poderemos responder verdadeiramente qual é o sentindo da vida se estivermos dentro de seu sentido ou de sua "trajetória" ou ainda, de sua trilha. Dai perceberemos que o sentindo não é e nunca foi só individual, não é e nunca foi só familiar, não é e nunca foi só patriota, não é e nunca foi só planetário...
A vida humana possui múltiplos sentidos, por que se tivesse um único sentido seria chata e tediosa demais, por quê? Porque todos se empenhariam para este sentido, e assim seria facilmente sabido por todos, tornando-se, portanto sem sentido.
Os mais perfeitos sentidos da vida são: desfrutar e evoluir. Muito se fez em muitas vidas para atingir somente um desses objetivos, basta uni-los. Evolução do pensamento, evolução das ações para isso é preciso vontade, vontade de ultrapassar as barreiras do hoje superar o homem comum, saber mais e, portanto viver melhor, e aí entra o desfrute, pois o saber cego sem o sentido do desfrute causa terríveis danos, a ciência que se dizia independente o mostrou. Assim como só a busca de evolução é nociva é também a busca somente pelo desfrute, nossa inquietação seria sufocada pelo ócio do pensar, e esse pensar é necessário para que não nos tornemos apenas contemplativos deixando a falta de procura pelo saber nos corroer a alma.

Qual o sentido da vida? Realmente uma pergunta intrigante. Realmente a analisar a conjuntura da construção da vida e formular uma resposta para dar um sentido a uma determinada existência não e uma tarefa fácil, é necessário delimitar de que tipo de vida a qual estamos discutindo, pois a diversidade de pessoas as varias influencias sobre o individuo como; religião, classe social, estrutura psicológica, entre outro fatores trazem mais complexidade a questão de dar sentido a uma existência. Pois ao delimitarmos tal individuo, visualizaremos um tipo de vida, ou seja afirma-se portanto que existem varias tipo de vida que podem ser vividas pelos indivíduos com maior ou menor intensidade, logo fazer um recorte sobre qual tipo de existência uma determinada pessoa leva conseguiremos não dar um certo sentido, mas construí-lo com o tempo. O tópico por sua vez faz quer uma resposta geral para o sentido da vida, todavia tal resposta não e possível se dar, ao analisar os valores, o fator tempo, vitórias e fracassos, ao longo da vida o individuo cria valores os quais nortearam sua existência, tais valores, portanto dará ao mesmo a possibilidade de se construir um sentido para si, seja pessoas, relacionamentos, bens matérias entre outras. O sentido passa ser uma busca individual norteada por peculiaridades vividas pelo indivíduo, o que torna interessante a jornada, pode-se pensar que o sentido da vida e justamente o buscar a resposta com as dificuldades inerentes a pessoa que esta atrás da resposta para essa pergunta intrigante.
O sentido da vida está na própria vida. Conhecê-la mais e melhor, protegê-la, preservá-la e procurar por todos os meios o seu aperfeiçoamento é o maneira pela qual iremos nos aperceber do seu significado.

A aparente ausência de sentido da vida é justamente o que dá sentido a ela.
A busca pelo sentido da vida é a responsável pela evolução da humanidade. No dia em que o sentido da vida for desvendado não teremos mais motivos para viver, pois a vida nada mais é que uma jornada eterna (mesmo após a morte) rumo a patamares cada vez mais complexos e evoluídos. O que motiva o ser humano a continuar sua jornada é a dúvida sobre o que estamos fazendo aqui, de onde viemos e para onde vamos. Amar e fazer o bem são manifestações de um bom grau de evolução do ser humano, um excelente exemplo de “Sentido da vida”.

"A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos." (Norman Cuisins)



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