SINÓPSE II
Espiritualidade

SINÓPSE II



Parte IELOCUÇÃO RETÓRICA

Um Orador e líder, sabendo que tinha um dia importante para exprimir as suas idéias e os seus pensamentos no parlatório da sua Irmandade, se posicionou em frente ao seu notebook e começou a compor algumas frases. Pensou nos problemas da Humanidade, na fome, na miséria, na desigualdade, na injustiça, na violência, pensou no aquecimento global e outras coisas que destroem o Planeta e o moral.
Mas não era bem isso que queria escrever e falar.
Queria achar uma forma de exprimir o seu pensamento por meio de palavras, com termos próprios, mas com elegância e arte.
Pensou, pensou e por fim achou um tema, dividido em três partes, que todos entenderiam e se identificariam.
Começou a falar sobre a razão, depois da sociedade e por ultimo do coração.
Para descrever a razão, começou a falar sobre a faculdade que refere todos os nossos pensamentos e ações a certas regras consideradas imutáveis. E explicou que isso pode trazer consequências irreparáveis para a constituição psicológica de um indivíduo caso ele não use o instinto natural, mesmo sem interferência da inteligência, para dar forma a uma atitude desafetada e espontânea.
Porque a razão na verdade impede que você desatine, extrapole ou viva momentos contrários as normas e as regras. Também discorda das leis impostas pela moral obsoleta dos déspotas ( a razão é uma consideração de interesse público que interfere nas atitudes governamentais ).
É o conhecimento natural que não foi revelado por Deus, é descrita nas escrituras como norma de conduta essencial para a sobrevivência de uma civilização. Por esses motivos é que sabemos que a razão é a parte mais lógica do comportamento Humano, quando se usa o bom senso e a verdade intuitiva.

Para descrever a sociedade falou que é a definição de grupos de pessoas da mais alta categoria social, mas também pode ser um grupo de pessoas desclassificadas que se juntam para fins perniciosos. Então na verdade é uma balança, com pesos e medidas diferentes mas que tem um denominador comum: o respeito.
A sociedade é um conjunto de indivíduos de todas as idades e sexos, que equipados de padrões culturais comuns, próprios para garantir a continuidade do todo e a realização de seus ideais, constituem instituições como: família, igrejas, sindicatos, etc. tem que funcionar com unanimidade, absorvendo idéias novas, novos comportamentos e também novos hábitos e costumes. Mas existem os conservadores que abominam os novos tempos com suas novas estruturas e novas idéias. Não aceitam a modernidade e a reestruturação dos conceitos primários. É isso que atrapalha a evolução espiritual e material de toda uma existência. Na maioria das vezes torna a convivência social, um martírio sem propósitos e sem direcionamentos, apenas servindo como referência em determinados momentos da vida.

Para descrever o coração, usou termos amorfos e repletos de exemplos contraditórios.
Pois ele é repleto de paradigmas ou seja, um conjunto de unidades suscetíveis de aparecerem num mesmo contexto, sendo, portanto, comutáveis e mutuamente exclusivas.
Ele é o espelho da alma. É a forma não pensante da inteligência. É o impulso natural, incontrolável da personalidade que age conforme o instinto e a percepção ilógica.
Mostrou que, quando nos deparamos com situações indefinidas de resultados pelo nosso raciocínio, agimos por impulso e também pelo desejo de preencher por completo o cantil da bondade e a bacia da compaixão.

E concluindo a sua dissertação, expôs num epílogo retórico que:
Nem sempre se usa a razão com Sabedoria para defender os nossos princípios e as nossas convicções. Mas devemos pensar que agindo certo, cautelosamente e com equilíbrio, entenderemos a razão como determinação, teremos a causa que explica a totalidade do efeito e a relação existente entre grandezas da mesma espécie ( todos somos iguais perante Deus ). Não transgrediremos os dogmas dos Céus e também não causaremos danos a nossa estrutura moral e social.
Respeitando as normas impostas pelos estatutos da sociedade, estamos em acordo com a s leis criadas para termos ordem, garantidas pelo poder coercitivo do Estado.
Mas sempre lembrando que: novos projetos, novas planilhas, novos esboços, novo engenho, nova concepção, novos planos e novas imaginações estão ou serão eminentes nesse plano tridimensional, mesmo contrariando a vontade de poucos, que se auto denominam “donos da verdade”.
Mostrou que o coração é um órgão ingênito, que é a forma mais curta e definida para expressarmos os nossos mais profundos sentimentos e também a mais indefinida atitude que podermos ter para não entendermos a razão e desprezarmos a imposição normativa da sociedade. Mas também é a forma mais concreta e definitiva para conhecermos o nosso Espírito e respeitarmos o “Deus” que habita em cada um de nós.
E por ultimo, definiu que: se usarmos a razão em acordo com o coração, não transgrediremos “muito” as regras impostas pela sociedade !

Parte II
TRAMA DA SOLIDÃO
Feito um cão solitário e sem dono, um rosto caminha pela multidão.
Cansado de ser observado pelos olhos do isolamento e ouvir a voz do silencio.
Percebe que os sons do mundo são ecos que reverberam em sua mente, trazendo desconforto e desconfiança em seus sentidos.
Destrói o seu controle, que caminha junto à tropa dos seus gemidos e sussurros.
Desaprova comportamentos, julga indumentárias, projeta uma falsa moralidade em sua ótica critica e também observa a sensibilidade e a criatividade com suspeição.

Tenta sentir o gosto da liberdade, pois sem ninguém para coordenar os seus passos, inibir as suas neuroses e também acalentar a sua tristeza, segue confidenciando momentos de imaginação, ora abstrata, ora irreal, com os seus sonhos.
Se identifica com o ruído das ondas, com um pequeno grão de areia e com a solidão das marés.
Os seus pesadelos são o histórico da sua incapacidade e da sua impotência.
Seus pensamentos se confundem com a fragilidade de sua intolerância.
O Horizonte morre na imensidão da sua introspecção e no desalinho do seu disparate.
Se expressa com gestos e trejeitos, imitando o nada e se espelhando na incerteza.
Relata seus planos aos mocos e expõe a planilha de seus projetos aos cegos.
Nunca consegue terminar o poema da sua vida, escrito com decepção e desatino.
Tem como companhia, um aparelho de TV, com muitos personagens e muitos ícones.

Não conhece um vizinho, não sai do anonimato, não se comunica e também se isola, como um aracnofóbico espiritual temente a tudo e a todos.
Enxerga os alimentos como fuga à sua realidade,
Ignora o presente e desdenha da sua predestinação.
Está preso a uma ilação retórica e inconclusiva da sua verdadeira missão.
Uma forte queda para o egocentrismo, sem saber o que significa, uma forte queda para o ostracismo, sem conhecer a proscrição, sem saber que o desespero caminha lado a lado com o pânico e sem sentir que o amargo é diferente do doce.

Fica pensando em ter, em ser, em agir, em falar, gritar, em pedir...em amar.
Mas não consegue tirar a auto piedade do coração, não consegue exaurir o sofrimento e nem tampouco consegue extenuar seus medos e suas duvidas.
Esquece por uns momentos que a sua única companhia é a lágrima.
O vazio do peito que irrita o coração se atenua e traz uma forte emoção e uma forte magia.
Tenta reagir, lutar mas não consegue se livrar do seu pavor.

A força da vontade de conquistar está aprofundada em seus desejos.
Fica cada vez mais eminente a sensação de querer sem saber o que, de atrair o que não conhece e também focar num ponto fixo, cheio de recordações do futuro.
Chega a terrível conclusão que o amor da sua vida, a sua cara metade, está escondido em um canto isolado da cidade, com o propósito de ser encontrado o mais rápido possível, dando dicas e expondo mensagens subliminares por todos os cantos, desde anúncios no metrô, em outdoors, em vitrines, panfletos ou filmes românticos.

Consegue se habilitar a ser voluntário de alguma coisa ou causa e trocar de vida.
Pensa seriamente em desatar uns nós, ajudar o semelhante, trabalhar no CVV e trocar de mal com o isolamento.
Começa a conversar com o porteiro, cumprimentar o semelhante, se fazer notar, progredir emocionalmente e espiritualmente e passar pelos cruzamentos da ansiedade sem colidir com a consciência ou com a razão.

Começa a ler livros de auto-ajuda, acessa a internet, cria um Blog, se inscreve num site de relacionamento, se envolve com as pessoas, troca e-mails, longas conversas no MSN e também descobre que a solidão não é um privilégio seu e sim de muitos.
Consegue entender que não é apenas um rosto e sim um protótipo da comunicação, esquecida nos labirintos da rejeição.

Mudando radicalmente de comportamento, passa a ser íntimo da alegria, da ansiedade e da vontade de sentir vontade. Consegue enfim se comunicar de corpo presente, consegue tocar, namorar, sentir, ouvir, cheirar e também consegue se empolgar ( a falta de um sentimento primordial para o redescobrimento da realidade estava tão ausente, que se sentia à margem da felicidade e também uma sombra na multidão ).
Aceita esse novo desafio, com dedicação, paciência e também com perspicácia.
Consegue enfim achar uma bussola e encontrar o norte, encontrar a Paz, o sorriso e também a reciprocidade.
Descobre as flores, as praças, os jardins, as fontes, passando a ignorar os vultos, os fantasmas, as sombras e encontrando Luz e Vida em tudo que pode contemplar e definir.
Se encontra em êxtase, seus prismas estão menos fragmáticos, os seus pensamento mais imaginativos, mais voltados ao real e menos ao ilusório.
E por fim chega a nobre conclusão: Tem que deixar de ser um simples rosto na multidão, achar o verdadeiro arquétipo na vida e encontrar essa tal felicidade, tão comentada e tão esquecida.

Parte IIICONTRADIÇÕES
Pelos caminhos da vida, palmilhados as vezes à duras penas, encontramos paradas inseguras, lugares suspeitos, duvidosos e instáveis.
Os descansos necessários estão sempre flutuando em nossa labuta, estão oscilando em nossa caminhada e também variando de acordo com a vida, pelo fator espaço-tempo.
Os princípios morais que aplicamos em uma norma de conduta pré-estabelecida pelos nossos parâmetros, nem sempre estão em acordo com a realidade comportamental.
Somos vulneráveis e suscetíveis a atos ou comportamentos ao qual não somos acostumados.
Julgamos o certo e aceitamos o errado na maioria das vezes, por desconhecimento ou ignorância.
Quando elegemos um elemento supostamente correto e o seguimos, estamos copiando um modelo nem sempre ideal para as nossas necessidades e sobrevivência moral.
As vezes, somos impelidos, por necessidade ou comodidade a seguir leis desconhecidas pela maioria ou rejeitadas pela sociedade.

Quando supostamente aportamos num porto seguro, ficamos felizes, em paz, com a alma renovada, o espírito repleto de luz e o coração batendo redondo.
Mas se por um acaso a decepção se faz presente, ficamos terrivelmente tristes, infelizes e sem rumo.
Tudo isso acontece porque nos entregamos em cem por cento, a novos amores, novas amizades, sem consultar seus currículos, suas folhas corridas, seu passado.
Temos o dom de conseguir nos enganar, quando a situação nos arranca um sorriso, umas horas felizes ou um carinho, nos enganamos também por um olhar, por palavras bonitas e por momentos de doçura.
Algumas vezes, somos enganados e nos decepcionamos com o comportamento do semelhante.
Esperamos sempre algo que nos faça feliz, que nos dê momentos de tranquilidade e de prazer.
Esperamos que os nossos caminhos sejam repletos de flores e com um sol lindo nos esquentando. Do mais terrível ser ao mais doce, todos desejam um alento, um pequeno momento de tranquilidade e de compreensão.

Nessas contradições, conseguimos sobreviver !
Sempre apostando na sorte, sempre empenhando o nosso lado mais puro.
Quando nos sentimos isolados na vida, recorremos ao refugio dos desentendidos, dos mal amados e dos mal compreendidos. Sentimos pena de nós e desesperados derramamos lágrimas e soltamos urros de desgosto.
Ficamos quietos, reflexivos e muitas vezes com depressão ou desajuste espiritual.
E com o passar dos dias e a conformação se instalar em nossa mente, tentamos realinhar o nosso auto-controle e reapresentarmos como sobreviventes para a continuidade da existência.
Quando enfim calmos e com tempo para a reflexão, analisamos os fatores e tentamos nos reajustar.
Sacudimos o pó dos nossos sonhos, respiramos mais profundamente o "ar da vida" e paramos de achar o nosso caso ou problema, o pior do mundo.

Mas como as leis do Universo sempre conspiram em nosso favor, mesmo quando não merecemos, damos então uma chance para nós, começamos de novo, nos readaptamos a realidade e tentamos mais uma vez sermos dignos de atenção e compreensão.
Ficamos mais preocupados com a nossa conduta, em não cometer os mesmos erros, as mesmas atitudes, os mesmos desatinos. Ficamos espertos e com as orelhas em pé, analisando duplamente as situações.

"As contradições existem e são eminentes, mas só existem porque estamos vivos e lutamos desesperadamente para encontrar o caminho da felicidade" !

Parte IVSAUDADE
Sabemos que a saudade é sinônimo de tristeza. É também o encontro com a solidão.
Sentimos falta dos tempos em que a saudade era apenas um substantivo feminino abstrato.
E hoje sabemos que saudade é uma recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas.
Pensamentos, fatos, atos que deixaram um vazio no presente e no coração.
Temos sempre a impressão que iremos retornar àquela situação, dada a concentração que fazemos em lembrar detalhes, quase os visualizando, quase os sentindo, quase os tocando.
Mas são apenas pequenos pedaços de filmes, pequenos pensamentos, pequenas recordações.
E nem sempre temos a coragem de retornar em espírito até ao passado.
Mas mesmo assim, ignoramos os perigos da nostalgia e nos aprofundamos nela.
É quando nos vem as lágrimas, a tristeza, a impotência, a incapacidade, a realidade !
É quando a vontade de regredir é forte, de retornar apenas alguns anos atrás para poder reviver cenas já vividas, sentidas e enxugar as lágrimas de quem já sentia saudade também !
Quando abrimos as janelas da alma e percebemos que estamos sós, numa casa imensa, com enorme abrigo, com enorme proteção e amor, com enorme carinho e dedicação, percebemos que essa casa é o nosso coração, enorme, porém vazio, cheio de poeira e apenas guardando um lugarzinho par a saudade.
A verdade é que estamos sós, somente com a lembrança de pessoas ou coisas distantes ou não mais existentes, acompanhada da vontade de tornar a vê-las ou possuí-las.
Aquela musica, aquela cidade, aquele Estado, aquele País, aquela flor, carro, cigarro, vinho, comida, casa, rua e aquele abraço apertado, é que derruba a gente, é que faz a gente viajar literalmente sob os labirintos da nossa memória, até chegarmos a cena que desejarmos lembrar.
O engraçado é que temos o dom de acrescentar detalhes até então inexistentes às nossas lembranças, para ilustrarmos a recordação, para decorarmos a paisagem e para rirmos da nossa imaginação. Uma fuga para a nossa tristeza, que apesar de contas não pertence a ninguém, mas cisma em nos acompanhar até a eternidade.
Mas tudo bem, somos seres fortes, com pensamento no presente, assim como a vida determina, e lembramos também que “saudade” é uma planta dipsacácea, escabiosa com suas flores de cor lilás e pontinhas em azul.
E chegamos a conclusão que, também no futuro, nos chamaremos saudade.

Parte VPENSAMENTOS INSÓLITOS
Quando vemos a noite com os seus mistérios,
Sentimos a força do nada, o sentimento do vazio em nossos peito.
Com o fim do crepúsculo, sentimos os medos da solidão, os medos da vida.
Pensamos no amanhã, como consolo, que hipoteticamente nos trará mais luz, mais clareza.
À noite, quando ficamos acordados por instantes, conseguimos imaginar vultos, escutar sons, ecos e até vozes nos chamando. Impressionante !
É que na verdade estamos relaxando, estamos fazendo a descompressão mental, esvaziando o nosso HD interno, dando um reboot nas nossas idéias, reavaliando os nossos atos, analisando o nosso dia e questionando as nossas decisões.
É quando temos um tempo para a nossa auto-análise diária.

Sabe, quando escutamos uma musica interessante ou bonitinha no CD ou FM do carro, ou alguém cantarola logo de manhã e ficamos o dia todo com ela na cabeça ?
È a sugestão que nos assola.
Mas quando, às vezes sem querer, ficamos com umas idéias não muito didáticas, esses são “pensamentos insólitos”.
Eles perturbam, mexem com o nosso subconsciente, nos atormenta, nos deixa confuso.

E quando desesperados e desesperançosos, nos identificamos com eles, é quando novas máscaras e fantasmas nos são apresentados.
Nova personalidade, que até então desconhecíamos que podíamos assumir, ficam notórias em nossas atitudes.
Agimos por instinto, surtamos, saímos da realidade completamente, sem imaginarmos conseqüências ou resultados.
Nos culpamos, as vezes não, nos digladiamos com a consciência, com a razão e com a sensatez.
O nosso nível de Adrenalina está alto, insustentável, as nossas mãos suam, os nossos olhos fixam num só foco, que horror, que loucura !
Assumimos uma personalidade quase como a Síndrome de Caim.
Pensamos que estamos loucos, mas na verdade estamos apenas extrapolando, apenas desesperados, aflitos e sem norte !
É quando o arrependimento, logo passado o surto, se instala em nossa mente.
Ficamos então, tristes e nervosos. Arrependidos e sem entender o que aconteceu.
O remorso faz morada em nossa vida, em nossa existência.
E o desentendimento das nossas atitudes ficam confusamente nítidos em nossas retinas.

Por esses motivos todos é que temos que nos posicionar na vida;
Controlar os nossos sentimentos, as nossas raivas, o nosso ódio.
Temos que ajustar o nosso equilíbrio, os nossos sentidos.
E deixar os pensamentos insólitos fazerem morada em outra freguesia.
Deixar também de lado, a ira, o revanchismo e a vingança.
Sempre que percebermos que estamos saindo do controle, devemos frear os nossos impulsos e conter as nossas atitudes.
E para se ter uma vida feliz, temos que agradecer os céus, o milagre de podermos ver mais um dia nascer !

Parte VI
CONDUTA GREGÁRIA
Desde os mais remotos tempos de nossa história, temos visto centenas de acontecimentos que marcaram muito seriamente a história de muitos povos e nações.
Nos referimos a grandes acontecimentos causados e produzidos pelas grandes massas, o povo. O Povo como conjunto de indivíduos atua de forma muito produtiva e eficiente no que se diz trazer algum resultado ou efetuar alguma ação, pois quanto maior a massa, maior a força que produz, seja em resistência ou ação.
Estes grandes eventos dos quais falamos, se processam em menor nível em nossas vidas, quando estamos com nossos colegas, nossos vizinhos, amigos ou familiares.
Algo que experimentamos sem sombra de dúvida, é aquele fato bastante peculiar, de que uma pessoa canta uma canção, uma música qualquer, e sem mais esperar as demais pessoas mental ou fisicamente ficam com tal música gravada,"tocando" em sua mente ou até mesmo por sua boca. Isto muitas das vezes que ocorre sequer é percebido pelas mesmas, tal é o seu adormecimento conscientivo.
Vemos com isto que repetimos o que os outros fazem, mesmo sem haver um propósito ou entendimento a respeito do fato ou ação. Há pessoas que gostam da musica e outras que não gostam, mas em síntese, na maioria das vezes, ambas cantam a canção.
Ocorre também o fato, que na solidão de nosso lar, ou qualquer outro lugar que estejamos sozinhos, não fazemos uma série de ações ou fatos, por acreditarmos serem inconvenientes ou desnecessários. Porém quando de companhia de outras pessoas, nos sentimos estimulados e até empolgados em realizar tal ou qual façanha.
Vemos nas ruas que se um rapaz passa por uma moça, pode até admirar sua beleza, mas comumente segue seu caminho em silêncio; no máximo faz algo para chamar sua atenção, mas sem extremismos. A mesma ocasião, porém com dois ou mais rapazes, poderia resultar uma situação bastante desagradável para a moça, pois piadas, risos e demais questões não faltam em tão infeliz situação.
Acontece que as pessoas quando unidas de outras, se fortalecem, seja em virtudes ou em defeitos. Por tal motivo existem diversas instituições que buscam beneficiar ou prejudicar a Humanidade. São associações, pois ficam mais fortes quando há mais pessoas.
Estas ações quando em grupo, esta conduta gregária, ocorre pela associação interna que existe entre as mesmas. Estas pessoas se unem por uma afinidade de tipo conscientivo, psicológica, emocional, instintiva, sexual ou motora. E do tipo de união ou enlace que haja, surgirá o tipo de ação que vai ser gerada.
Verdadeiramente não conseguimos nestes instantes esquecer tão velho ditado que diz: "Diga-me com quem anda e te direi quem és!", certamente este sábio ensinamento vale para todos nós. Se andamos com ladrões, mentirosos, assassinos, drogados, etc.., não nos resta outra escolha senão verificar dentro de nós mesmos, o que nos liga a estas pessoas, pois certamente carregamos algo que nos atrai até elas.
Claro que podemos e devemos ajudar a todas as pessoas que encontramos em nosso caminho, porém que não seja uma desculpa para estar metido em tantos erros, pois infelizmente ocorre uma nivelação de tipo psicológica, e isto pode nos levar a alguma infeliz associação com defeitos que a outra pessoa tenha.
Quanto a imitação, ou simples repetição de ação, palavra ou sentimento que tenhamos visto ou sentido de outra pessoa, é também questão que devemos compreender.
Se queremos nos relacionar sabiamente, e ajudar as demais pessoas, precisamos ensinar com nosso exemplo, tanto em palavras, ações, sentimentos e pensamentos. Não é porque não falamos ou não fazemos algo, que as outras pessoas não sintam isto.
Quando nos relacionamos com outras pessoas, existe uma troca de energias, que permite que ajudemos ela ou que prejudiquemos a mesma, tudo depende do estado interior que nos encontramos, e que certamente vai se repercutir na parte externa e no mundo que nos rodeia.
Concluímos enfatizando o postulado de conquistarmos nossa individualidade, com o propósito de que possamos estar em meio a qualquer pessoa ou situação, sem que nada nos retire do estado conscientivo e anímico em que nos encontramos. Fazendo assim de nós, homens e mulheres donos de nossas ações, donos de nossos estados internos, capazes de vencer qualquer circunstância externa que se apresente.

Parte VII
MEDOS


Qual de nós já não enfrentou alguma situação de perigo ou algum temor horrível, que nos tirou do prumo ou que nos deixou apavorados por um bom tempo ?
Qual ser vivo já não enfrentou situações que necessitavam de raciocínio imediato e de atitudes precisas ?
Muitos, sabemos !
De uma maneira ou de outra, todos os medos que sentimos, do medo do escuro ao medo de morrer, podem-se reduzir a um só medo, o "medo do perigo que não sabemos evitar": sentimos medo (consciente ou inconscientemente) perante um perigo (real ou imaginário) que não podemos evitar (por ser desconhecido, imprevisível ou estar além da nossa capacidade de controle).
Normalmente não se sente medo de algo que seja perfeitamente evitável (controlável: conhecido e previsível)... por muito perigoso que à partida seja.
Na realidade o medo aumenta com a intensidade do perigo e diminui com a nossa capacidade de o evitar. Ex.: Um ser humano comum tem medo de entrar numa floresta habitada por felinos perigosos. No entanto, se o armarem e lhe ensinarem a evitar esses felinos, então é claro que esse medo diminui bastante.
Já Tito Lívio disse que “tememos as coisas na medida em que as não conhecemos”. De fato, a partir do momento em que passamos a conhecer as coisas, abrem-se-nos as portas para as controlarmos: a partir do momento em que os homens primitivos aprenderam a controlar o fogo, não só lhe perderam o medo como passaram ainda a aproveitar-se dele para uma infinidade de fins práticos.
Todos os animais suficientemente inteligentes são capazes de sentir medo: trata-se de uma ferramenta utilíssima com que a mãe natureza nos dotou e que nos impede de corrermos riscos desnecessários. O seu funcionamento básico é o seguinte: perante uma qualquer circunstância que não sabemos controlar e que nos inspira perigo o mecanismo do medo é ativado e, mediante uma resposta fisiológica e psicológica concertada, tornamo-nos muito mais vigilantes, precavidos, receosos e prontos a fugir, evitando assim correr riscos desnecessários.
Não existe vida sem risco. O risco é efetivamente uma das características básicas da vida, pelo que não existe segurança absoluta. A única coisa que podemos fazer na vida é minimizar o risco, nunca eliminá-lo por completo. De todas as formas, a morte espreita-nos a cada esquina... é a única coisa certa da vida!
De todas as formas, mais arriscado do que correr riscos calculados é não correr riscos de todo, pois isso implica que vivamos a vida sem a viver.
Tanto medo temos de correr riscos que passamos a não querer correr os que advêm das nossas próprias decisões... daí a começarmos a evitar tomar decisões (procrastinando) vai um passo, mais um passo e passamos até a desejar que "alguém mais capacitado" as tome por nós, que "alguém" assuma a responsabilidade por nós: podemos até, em casos extremos, ser tentados a encontrar refúgio numa seita que decida tudo por nós... no limite a "busca da segurança pela segurança" torna-se a "busca do escape pelo escape".
O nosso meio ambiente, a cada dia que passa, torna-se mais e mais complexo (complicado, desconhecido, imprevisível, fora do nosso controle) pelo que comporta cada vez mais "perigos que não podemos evitar" criando "medos concretos". Através do processo associação de medos, quantos mais "medos concretos" tivermos mais é possível que estes originem "medos imaginados" por associação... e mais é possível que estes "medos imaginados" originem por sua vez mais "medos imaginados", etc... Para além disso, a nossa mente "à deriva" tem tendência a inventar mais medos, que se vão juntar aos atrás descritos.
Este ciclo vicioso em que os medos se vão acumulando mais depressa do que vão sendo solucionados dá origem ao medo mais comum nos dias de hoje: a ansiedade.
Mas haverá alguma razão lógica para carregarmos às nossas costas a cruz (tão imensamente pesada) que são todos esses medos? medos que nos impedem de ser felizes vivendo de forma plena as coisas verdadeiramente importantes da nossa vida? medos que nos obrigam a fazer o que não queremos durante toda a vida? medos que nos tornam eternamente insatisfeitos? medos que nos tornam tão infelizes?
A maior parte de nós vive com medo da morte. Será esse medo lógico? Marcial disse: “ o dia derradeiro, não o temas nem o desejes”.
Como vimos, o risco calculado faz parte da vida, tal como a morte. Tudo muda e não acompanharmos a mudança significa tornarmo-nos em “mortos vivos”.
Só um ser humano lúcido é capaz de entender que é melhor agir perante a mudança inevitável do nosso meio ambiente de forma a aproveitá-la o melhor possível a nosso favor, mesmo que tenhamos que assumir um risco calculado de falharmos na interpretação dessa mudança.

Um ser humano mais perturbado prefere ser vítima da inevitabilidade da mudança a correr o risco de falhar... no fundo prefere alguma coisa que é inevitável que corra mal a outra que só tem uma probabilidade de correr mal! Esta não é uma atitude muito inteligente aos olhos de ninguém... infelizmente há muitas pessoas que não conseguem superar o medo (de falhar).
Para superarmos o medo necessitamos pois de, acima de tudo, autoconfiança e força mental. Ninguém que tenha confiança em si mesmo e força tem medo da opinião dos outros nem tem medo da sua própria impressão sobre si mesmo. De fato, a sua auto-estima só sofreria realmente se não tivesse dado o seu melhor (independente de ter falhado ou não) e tentado ao máximo ultrapassar um problema inevitável.
Cumpre-nos decidir:
1) Ou colocamos os nossos medos de lado e enfrentamos os nossos problemas da melhor maneira que soubermos e pudermos antes que seja demasiado tarde, de forma a podermos tomar as rédeas da nossa vida, vivendo-a de verdade
2) Ou mantemo-nos fieis aos nossos medos, evitamos os problemas até que eles venham ter conosco com uma força tal que já nada possamos fazer, tentando até ao último momento que alguém tome conta de nós, de forma a podermos continuar a viver a nossa vida sem termos que pensar (por “procuração”, através da televisão e afins).
A escolha é só nossa...

Parte VIIIALTRUÍSMO

O Altruísmo é a forma mais completa de abnegação. É um complexo de valores, um misto de coragem, valentia e resignação. As pessoas dotadas de uma certa quantidade de Altruísmo, são seres que pensam no próximo, dão tudo de si na maioria dos momentos ou quando for necessário. Muitos são auto-críticos, adoram ajudar, mesmo quando não forem solicitados e também são devotos da Verdade e da Razão.
Perdem anos de suas vidas se dedicando aos outros, ajudando como voluntários, fazendo donativos, contribuições, doam noites de sono para a vigília de uma crença, fé, causa nobre e também de solidariedade.

Na opinião de muitos Mestres e Sábios, os Altruístas doam muitos anos de suas vidas na proteção e amparo à família. Quando se olham no espelho, enxergam os anos que se esvaíram e lhe subtraíram a juventude (tão desejada por muitos e tão subjugadas pelos que a tem).
Enxergam os anos transformados em rugas, em marcas de expressão e em marcas de vida. Enxergam também a transformação morfológica e a transformação de valores que são notórias na sua nova forma.

O que recebem esses seres de extrema valentia para o futuro, segundo as leis divino-eternas é o reconhecimento pela grande Aptidão, Capacidade e Idoneidade. E geralmente o prêmio é a Felicidade eterna, obtida com a desmaterialização e a obtenção da forma Energética definitiva.

Grandes Altruístas conhecidos como, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Ghandi, entre outros, fizeram a diferença. Sua benevolência foi sempre tão expressiva, que foram comparados em vida, a Anjos Encarnados e Santos.
Um Pai de família que protege a sua prole, é justo com os amigos, leal aos seus princípios, devoto das suas atitudes e crentes nas suas crenças, tem praticamente o mesmo valor para os Céus.
Geralmente os Altruístas, respeitam o semelhante, partilham as suas alegrias, exibem seu lado mais honesto, retiram o rancor e o ódio do seu dicionário e desprezam a mentira e a inveja. Partilham o lanche, ensinam os ignorantes com carinho e dedicação, tem muita coragem e possuem a maior virtude do Homem que é a Paciência.
São tolerantes, bem humorados, de bem com a vida, preocupados com o futuro do Planeta e das pessoas, fortes, socorrem os necessitados e algumas vezes podem até destruir o princípio da ética, para salvar, sob quaisquer aspectos, a quem necessite de sua intervenção. São verdadeiros heróis e abnegados.
Reconhecemos o Altruísta pela forma de conduta, atos ou gestos. Quando possuem, ganham ou são presenteados com algo, vão correndo partilhar com seus amigos, sem aquele ar de superioridade ou aquele tom ridículo de supremacia. São Humildes, sinceros, com visão futurista, educados ( na maioria das vezes ),
compreensivos e super companheiros.

E como bem descreve Juliana Silva Valis:
“Por mais óbvia que tal constatação possa parecer, não se constrói uma sociedade verdadeiramente pacífica sem a imprescindível ferramenta do altruísmo. Mais do que ferramenta: o altruísmo é a própria base de convivências humanas que se pretendam minimamente saudáveis e, sobretudo, equânimes”.
E também como pensa Rodrigo Earthquake:
“Penso que não se faz necessário beatificar o indivíduo que é Altruísta. Basta aprendermos a lição e multiplicá-la, pensar em outrem vai muito além de prover ao semelhante bens materiais, finanças ou coisa afim, trata-se de lembrar de um dos mandamentos escritos na tábua de Moisés: Não queira aos outros o que não desejas a ti mesmo".
E como bem nos ensina o Dr. Ricardo Teixeira:
“Podemos dizer que um chimpanzé só olha para o próprio umbigo. Por um lado ele não tem a mínima tendência em oferecer alimento a parceiros do mesmo grupo, mesmo que a atitude não custe nada a ele. Por outro lado, ele também não costuma impedir que outro tenha acesso a alimento. Dar uma forcinha para abrir uma porta é uma coisa. Já dividir o alimento é outra bem diferente”.

O estudo demonstra que o altruísmo humano já existe entre as crianças e mais uma vez nos revela que a cooperação é mais forte entre indivíduos do mesmo grupo social, também conhecida pela ciência como cooperação paroquial. E essa é uma das mais marcantes habilidades do ser humano: a capacidade de criar e manter laços de cooperação com indivíduos que não são de seu mesmo núcleo familiar.

Crianças, mesmo pequenas, conseguem repartir doces e brinquedos, animais matam a sede juntos, no mesmo rio, plantas e flores dividem o mesmo jardim, pássaros dividem o mesmo céu, o mesmo espaço aéreo e fiéis tem praticamente o mesmo Ídolo.
Isso demonstra que, o Altruísmo existe desde a Criação, desde o princípio, desde a concepção, pois gêmeos, dividem o mesmo espaço e continuam se amando e se respeitando, por toda a vida
e Anjos dividem o mesmo Deus.

O ser Humano está longe de ser perfeito ou estar próximo a um plano superior de compreensão. Mas pode conseguir uma significativa evolução espiritual e compaixão Divina, se passar a ser menos Egoísta, menos Mesquinho e menos Egocêntrico. E se também conseguir acabar definitivamente com o conceito de comparação, de crítica ou de avaliação indevida que normalmente é feito, sem o menor arrependimento ou constrangimento aos que nos rodeiam e também aos que geralmente fazem parte do nosso cotidiano, que se encontram no mesmo hemisfério ou até no mesmo Planeta.

Creiam, o maior legado que podemos deixar para as futuras gerações são as nossas atitudes, os nossos grandes gestos e a nossa contribuição para a História, pois com certeza,
“Os acontecimentos falam mais do que muitas palavras”.

Parte IX
O REENCONTRO COM A VIDA
Temos muitas opções para focarmos esse assunto. Mas duas em particular, são muito interessantes e fundamentais para esclarecermos a nossa estada nesse mundo tridimensional.
Primeiramente, vamos abordar o termo da reencarnação ou ressurgimento para a vida (Segundo muitas seitas orientais e segundo o espiritismo, fenômeno em que a alma humana, desligada do corpo pela morte, vai, após tempo mais ou menos longo, ou não, alojar-se em outro corpo humano).
Quando voltamos e renascemos, estamos cumprindo um estágio de aprendizado ou resignação.
A reaparição espiritual na mesma família, em gerações futuras, nos traz a oportunidade de reparamos erros cometidos no passado, de consertarmos enganos e reavaliarmos atos ou atitudes (com grande simetria). Temos o aval Divino para caminharmos com a Verdade e a benção de conhecermos a Sabedoria. Em novo aprendizado (com mais conhecimento de muitos sentimentos, dantes desconhecidos), supriremos as lacunas que fizeram o nosso espírito, descer muitos degraus, na compreensão de vida terrestre. Teremos a ajuda dos Céus para absorvermos muitos ensinamentos e também a oportunidade de auxiliar o próximo e com certeza deixar um legado de força e coragem para a Humanidade.
Na resignação, viremos nos redimir de pecados passados (Transgressão de lei ou preceito religioso, culpa, defeito, falta, vício) ou aprimorar sentimentos já conhecidos e assim elevar mais e mais o nosso Espírito junto aos Céus e a Eternidade (Caso de muitos Anjos, que vieram nos visitar e deixaram a História da Raça Humana mais rica, sábia e bela).

No segundo caso de “Reencontro com a vida”, é quando descobrimos que o que fizemos, até então, não foi nada proveitoso para nós, para os nossos semelhantes e também para a Sociedade como um todo (um surto, ao longo da vida, de egoísmo e egocentrismo, ora consciente e as vezes até inconsciente).
É quando descobrimos que a vida não era aquilo que achávamos, não tinha aquele sabor que supúnhamos e nem aquela visão negativa que pensávamos.
Quando um dia paramos e perguntamos, numa auto-análise profunda : “O que fizemos, meu Deus, o que construímos, o que acrescentamos ou o que de interessante criamos para fazermos jus em estar aqui ? - E nessa triste reflexão, chegarmos a conclusão que somos mais que isso que somos, que podemos fazer mais, criar mais, amar mais e até usar a benevolência e a compaixão, como suporte para viver mais feliz (nos tornarmos discípulos do nosso verdadeiro Arquétipo, um modelo ou exemplo, um protótipo em estudos comparativos).

Não existe espaço-tempo para a Eternidade, apenas existe a hora de nos reencontrarmos com a Verdade, a hora de mudarmos de atitudes, mudarmos de comportamento e adquirimos a mais preciosa virtude do Homem; A Paciência (Virtude de quem suporta males e incômodos sem queixumes nem revolta, qualidade de quem espera com calma o que tarda e perseverança em continuar um trabalho, apesar de suas dificuldades e demora).

O mais importante na vida não é vivermos simplesmente e sim saber “o porque” se está aqui e qual é a nossa verdadeira Missão, aqui nesse mundo de Milagres e Magia !

Parte X
APRENDENDO A VIVER
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo. Mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida.

Parte XIAMOR ENQUANTO PAIXÃO

Antigamente, acreditava-se que o amor enquanto paixão era para os fracos ( aqueles que se identificam mais com a visão no amado, mais com a vontade e o desejo de possuir do que o desejo de viver ), para os românticos, que eram eternos apaixonados, que faziam da vida um sentimento de frustração pela conquista não realizada ( muitos apaixonados tornaram-se imortais por suas belas obras, que descreviam dor e tristeza ) e também pelos sentimentais, que faziam do Sol, da Lua, das Estrelas, a sua razão de viver e choravam de dor pelas perdas lógicas da vida e pela meta não alcançada.
A visão do sentimento Amor era totalmente pessimista, o Amor nem existia, era apenas uma projeção de carências e afetos, se tornando apenas um caminho ou uma diretriz a ser seguida. A ausência de sentimentos mais profundos era uma causa comum entre as pessoas, era um fato, elas não tinham tempo para a compaixão e para o afeto, pois não se tinha a compreensão psicológica e Metafísica necessárias para o entendimento da conduta Humana ( enquanto sentimento apenas, sem a lógica sugerida e imposta ).
A ausência de carinho e atenção, desde a infância, na criação ou contato direto com familiares, originava-se no endurecimento do ser, no desconhecimento de certos sentimentos e na ausência total de entendimento de erros, de acidentes de percurso e também de atitudes precipitadas que pudessem ter.
A Paixão era o único sentimento que conseguiam descobrir. O fato era ilógico, pois a sensação de se estar apaixonado, ia de encontro aos princípios básicos do bem viver.
Descobria-se então, um novo sentimento que causava dor ( quando não era correspondido, no qual acontecia na maioria das vezes, dado tal sentimento, ser um luxo e um privilégio para poucos, quando o mais comum eram os enlaces forjados por interesses e pelas composições de resgate, força, status e poder ) e trazia prejuízos irreparáveis para o coração.
Na grande maioria das vezes não se tinha escolha e os caminhos do coração eram os mais duros e penosos, pois o que imperava era a intolerância, a incapacidade de reflexão e a impotência de analisar logicamente o decurso sentimental da vida.

Mas o mundo gira e as opiniões mudam.
Com a valorização do Romantismo e pelo poder de escolha ( na metade do século passado ), foram aperfeiçoados certos sentimentos, na qual o amor enquanto paixão, foi a
bandeira de uma época em que a Sociedade impunha suas vontades e supremacias, subtraindo do coração certos dons involuntários, que se instalavam sem a devida ordem.
A paixão passou então a ter correspondência, tornou-se notório o poder real de escolha, de enlaces e uniões por Amor e por sentimentos que começaram a incluir dedicação e respeito. Estávamos em uma época, na qual uma Luz forte, iluminava os indivíduos, fazendo com que enxergassem o cônjuge e a família, como uma forma de se identificar com Deus e com a eternidade ( Uma época em que se lia mais e se dava mais valor as ciências e a Filosofia de vida ).

Hoje em dia, o amor passou por transformações profundas, pois tornou-se bi-lateral, ou seja: doce e amargo, a paz e o tormento, a dor e a alegria. Com a liberdade em excesso, o amor passou a ser um coadjuvante do relacionamento, nunca o principal, pois precisa-se saber quem realmente o parceiro é, para primeiro se interessar por ele, por seus atributos e depois, quem sabe, se apaixonar pela convivência e depois vir o Amor, tão desejado e tão ausente nas pessoas ( é obvio que existem ainda muitos casos clássicos de paixão, pois toda a regra tem exceção ). Esse sentimento, quando passional, é quase como uma antítese de desejos, gostos e pensamentos ! Ao mesmo tempo em que existem pessoas que vivem por amor, também há pessoas que morrem e matam por ele.

Chorar por amor purifica a Alma, abre a mente e engrandece o Espírito ( perda de quem se ama ou ausência dele ), chorar de tristeza por paixão, é perder a primariedade de pureza, é confundir a sensação de perda com a sensação de impotência ou até com a sensação de não se valer nada. É quando se perde a identidade, o norte, os objetivos.
É quando se tem a vontade de sumir ou explodir. É o trauma mais profundo e psicótico, quase que irreversível, que um ser pode ter.

O amor é o sentimento mais subjetivo de todos, cada um sente de uma forma, de um jeito, com uma intensidade diferente, e alguns nem amam, apenas se divertem com a sensação de conquista, de posse, de poder ou de capacidade suprema .
Amar enquanto paixão ( nos dias atuais ) é para os fortes, porque, mesmo ficando fracos e vulneráveis, permanecem ali, resistindo aos obstáculos, amando em silêncio, guardando aquele sentimento apenas para si mesmo, tolerando desaforos, sendo subjugados ou até sendo correspondido ao bel prazer do parceiro. Isso sim é ser forte. Isso sim é amar, isso sim é abdicar de superioridade. Mostrando para o parceiro como é amar sem preconceito, sem medo e sem julgamento, apenas possuir uma absolvição para o coração e também ter uma sensação de evolução cósmica, de se encontrar e se identificar com as coisas belas, tristes e reais da vida. É verdadeiramente o encontro com Deus e com a Eternidade.

Giulio Romeo



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