Crianças: alternativas à palmada
Espiritualidade

Crianças: alternativas à palmada


Disciplinar uma criança não é tarefa fácil, principalmente quando passam por fases de independência e desobediência total. No entanto, recorrer à violência – mesmo que sejam umas palmadas leves – é apenas uma solução temporária para a indisciplina, pode incitar à agressividade nas próprias crianças, criar um clima de medo em casa e até piorar a situação. A cultura da disciplina positiva propõe várias alternativas às palmadas, tão ou mais eficientes, mas com resultados a longo prazo.

1. Pausa para a criança. 
 Uma pausa ou “time out” consiste em colocar a criança “de castigo” num espaço predefinido para esse efeito onde permanece o tempo suficiente para se acalmar ou perceber que se portou mal. Pode ser numa esquina, ao fundo das escadas ou numa cadeira específica e geralmente equivale-se o número de minutos dessa pausa à idade da criança. Por vezes, o simples facto de alertar a criança que irá para a zona de pausa caso continue a portar-se mal é o suficiente para que ela mude de atitude.
2. Pausa para o adulto.
Muitas vezes, uma criança leva uma palmada simplesmente porque a mãe ou o pai já não consegue ouvi-la a brigar com os irmãos, já não suporta a confusão de brinquedos que agora não quer arrumar ou a birra que parece não ter fim. Antes de levantar a mão numa situação como esta, respire fundo, diga à criança que se vai retirar durante alguns minutos e que quando chegar vão falar sobre o sucedido. Depois faça-o. Esta é uma maneira de aprender a ser um pai mais paciente e calmo – algo que vai acabar por se refletir nas crianças.
3. Comunicação constante.
Falar é sempre uma alternativa melhor ao bater, porque quando existem palmadas a criança nem sempre percebe o porquê – só sabe que não quer voltar a levá-las. Em vez disso, opte por falar calmamente com a criança, explicando-lhe o que fez mal e qual a melhor forma de proceder, usando sempre linguagem e exemplos apropriados à sua idade. Pode ser algo tão simples como: “fico triste quando vejo que deixaste os livros todos espalhados no chão, da próximo vez gostava que os arrumasses todos no seu lugar”.
4. Apresente alternativas.
Em vez de partir de imediato para as palmadas, respire fundo, enfrente a criança e apresente-lhe duas alternativas: “queres parar de gritar com o teu irmão ou ir brincar sozinha para o teu quarto?”. Esta é uma excelente forma não só de ensinar a criança a fazer boas escolhas, como torná-la mais obediente, menos indisciplinada.
5. Perda de privilégios.
Outra alternativa às palmadas pode passar pela perda de privilégios, ou seja, se a criança portou-se mal não terá direito a uma história antes de se deitar ou passará dois dias sem o seu brinquedo preferido. Este tipo de castigo mostra às crianças que existem consequências reais para os seus atos desafiadores.
6. Elogios em vez de críticas.
As crianças aprendem melhor o que é portarem-se bem através dos elogios, ao invés das críticas e das palmadas quando se portam mal. Ao destacar o bom comportamento da pequenada com palavras positivas, parabéns e mimos, irá motivá-la a manter essas condutas, sendo esta uma forma saudável e não-violenta de estabelecer, a longo prazo, o tipo de comportamentos que gostaria que a criança adotasse sempre.
7. Disciplina positiva.
Quando toca a disciplinar as crianças é natural que utilizemos mais a palavra “não” do que “sim” e quando elas desobedecem – que é o mais certo quando são negadas alguma coisa – respondemos com palmadas. Em vez disso, experimente formular os seus pedidos de forma positiva, ou seja, em vez de dizer “não podes ver o teu DVD enquanto não arrumares os brinquedos todos” diga “claro que podes ver o teu DVD, mas primeiro tens de arrumar os brinquedos”. E mais importante do que isso, é não recuar ou voltar atrás – as crianças precisam de compreender que existem consequências para todos os seus comportamentos – bons e maus – e essa disciplina pode ser perfeitamente conseguida sem recurso à violência.

Um beijo,



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