ANSIEDADE

Vamos relatar aqui, alguns fatos, exemplos e frases de uma pessoa com distúrbio da Ansiedade.
Quero ajudá-los a identificar um amigo, colega, parente ou qualquer pessoa que esteja convivendo conosco e que esteja com essa aflição. Também abordei a diferença entre Ansiedade considerada normal e quando se torna um transtorno.
Coloquei num pequeno texto, uma parte técnica e também explicativa, abordando apenas os tópicos principais, para o melhor entendimento do meu amigo leitor.

A Ansiedade é tratada pela Psicologia como: Atitude emotiva concernente ao futuro e que se caracteriza por alternativas de medo e esperança; medo vago adquirido especialmente por generalização de estímulos. Desejo ardente ou veemente. Impaciência, insofrimento, sofreguidão, aflição, angústia, ânsia.

A ansiedade é uma sensação derivada de momentos de preocupação, tensão e apreensão, sentida como antecipação a problemas. Quando esta sensação é experimentada em momentos estressantes, em que as pessoas se vêem frente a situações difíceis e decisões importantes, é considerada normal.

Mas a ansiedade passa a ser considerada um transtorno quando o indivíduo a experimenta de maneira exagerada, relacionada a preocupações excessivas e não realistas com situações que a maioria das outras pessoas enfrentariam com pouca dificuldade. Este transtorno costuma ser duradouro e crônico, ou seja, o paciente sofre com o estado de ansiedade elevado durante anos, com pequenos períodos de melhora.

Muitas pessoas nem sabem que estão com o nível crônico de Ansiedade, por esse motivo, não fica muito difícil ou complicado em descobrir por uma pessoa comum e simples de diagnosticar pelo Psicólogo, pois costumam dizer frases do tipo:

"Freqüentemente fico preocupado com a aceleração dos meus batimentos cardíacos."
"Pequenos aborrecimentos me atingem e me irritam."
"Sou muito preocupado e isto me deixa abatido."
"Freqüentemente tenho crises de completa exaustão e fadiga."
"Sempre tenho dificuldades para tomar uma decisão."
"Parece que estou sempre prevendo algo terrível."
"Sinto-me nervoso e agitado todo tempo."
"Penso que não sou capaz de enfrentar minhas dificuldades."

A Psicóloga Ana Lúcia Pereira, diz que não deve ser confundida :

1. Com a ansiedade cotidiana, pois quase todos nós nos sentimos ansiosos e tensos em face de situações ameaçadoras ou estressantes, o que é absolutamente natural, pois preocupar-se e ficar ansioso é até mesmo importante para a boa adaptação individual à sociedade e ao ambiente.

2. Com o transtorno do pânico, pois embora alguns dos sintomas da ansiedade generalizada ocorram também no transtorno do pânico, onde os pacientes experimentam estados de ansiedade prolongada entre uma crise e outra, os pacientes de ansiedade generaliza não apresentam crises de pânico e sim estados permanentes e prolongados de desconforto ansioso.

3. Com a fobia social, pois embora esse transtorno tenha a ansiedade como um sintoma significativo, sua principal característica é o isolamento social a que o fóbico social acaba se impondo, o que não ocorre no transtorno de ansiedade generalizada.

Diariamente lidamos com pessoas distintas, vizinhos, funcionários do prédio em que moramos, colegas de trabalho, parentes, nossa família ( esposa, marido e filhos ) e etc.
Por não sermos técnicos, pensamos as vezes, que tudo que irrita uma determinada pessoa é stress, ou que ela possa estar muito preocupada, mas na verdade, os sintomas são detectáveis, pois o indivíduo que sofre de transtorno de Ansiedade generalizada apresenta:
-Dificuldade para relaxar;
-Sensação de que está no limite do nervosismo;
-Tendência a cansar-se com facilidade;
-Dificuldade de concentração e freqüentes esquecimentos;
-Irritabilidade;
-Tensão muscular;
-Dificuldade para adormecer ou sono insatisfatório;
-Preocupação com a possibilidade de doença grave ou acidente embora não existam indicativos -de que essas coisas possam vir a acontecer;
-Tendência a assustar-se com facilidade e de forma intensa sem motivos justificáveis;
-Em alguns casos podem ocorrer sintomas físicos como: boca seca, mãos ou pés úmidos, enjôos ou diarréia, aumento da freqüência urinária, sudorese excessiva, dificuldade de engolir ou sensação de um bolo na garganta;

Devemos aconselhar, alertar ou convencer uma pessoa que está com esse problema, procurar um especialista, um Psicólogo (um agente que irá ajudar na cura), que combina psicoterapia com medicamentos tranquilizantes e antidepressivos. A terapia cognitivo-comportamental é a que mais vem sendo estudada e apresentado bons resultados.

Nunca se esqueça, todos temos um problema, um distúrbio, um transtorno, uma doença, uma psicopatia e por menor que seja o sintoma, não deve ser ignorado ou desprezado e sim curado.
Quando conseguimos fazer uma auto-avaliação, é ótimo, mas muito raro. Por esse motivo é que temos que escutar as pessoas que nos querem bem, quando afirmam ou perguntam, se estamos doentes ou com algum problema ( Devemos perguntar o que de errado ou estranho, conseguem perceber em nós ). Ignorar esse fato é maquiar a situação e se esconder da verdade ( Pior que enganar os outros é enganar a si próprio).

É interessante e eficaz, fazermos algumas perguntas ao espelho, quando estamos com duvida em algo, quando queremos fazer uma análise do nosso comportamento diário ou simplesmente questionar o nosso humor, as nossas atitudes, a nossa tolerância, a nossa paciência e principalmente o nosso equilíbrio ( É simples e de alta reflexão ).
Somos os responsáveis pelos nossos sentimentos e temos por obrigação, controlá-los.
Quando sorrimos, pensamos positivamente e também quando somos otimistas e leais, criamos um escudo, uma barreira contra doenças e também contra os inimigos do dia a dia. Ficamos quase invencíveis nas batalhas da vida. Conseguimos as coisas com mais facilidade, enfrentamos os problemas com mais coragem e lidamos com os revezes, com mais consciência !

A espiritualidade, o respeito com o nosso espírito, a crença em uma força maior, superior, não sara todas as doenças, mas ajuda a compreendê-las, enfrentá-las e em muitos casos, até curá-las. Quem se posiciona ao contrário, fica vulnerável e suscetível a quase tudo.

E para finalizar, quero lembrar de um ditado importante e verdadeiro, que diz :
“Quando sabemos que estamos doentes, já demos um grande passo para a nossa cura”.

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