Espiritualidade
ESTIGMAS SOCIAIS
Estigma social é uma forte desaprovação de características ou crenças pessoais que vão contra normas culturais. Estigmas sociais freqüentemente levam à marginalização.
Exemplos de estigmas sociais históricos ou existentes podem ser deficiências físicas ou mentais, ilegitimidade, homossexualidade, filiação a uma nacionalidade, religião (ou falta de religião ou etnicidade específicas, tais como ser judeu, negro ou cigano. Outrossim, a criminalidade carrega um forte estigma social.
O conceito atual é mais amplo; considera-se estigmatizante qualquer característica, não necessariamente física ou visível, que não se coaduna com o quadro de expectativas sociais acerca de determinado indivíduo. Todas as sociedades definem categorias acerca dos atributos considerados naturais, normais e comuns do ser humano. O indivíduo estigmatizado é aquele cuja identidade social real inclui qualquer atributo que frustra as expectativas de normalidade.
O estigma pode se apresentar em três formas:
Deformações aparentes ou externas. Exemplos deste tipo são manifestações físicas de anorexia nervosa, hanseníase ou defeito físico. Segundo, desvios conhecidos em características pessoais. Por exemplo, viciados, alcoólatras e criminosos são estigmatizadas desta forma. Terceiro “estigmas tribais" são característicos de um grupo étnico, nação ou religião que se constituem em desvios ao padrão dominante. Por exemplo, o povo judeu na Alemanha Nazista. Embora as características sociais específicas que se tornaram estigmatizadas possam variar através do tempo e espaço, as três formas básicas de estigma (deformidade física, características pessoais pobres e status tribal desviante) são encontradas na maioria das culturas e épocas, levando alguns psicólogos a teorizar que a tendência para estigmatizar possa ter raízes evolucionárias.
De acordo com uma pesquisa americana, 40% dos jovens adultos estão solteiros nos EUA. Um estudo da Universidade do Missouri examinou as mensagens familiares e sociais endereçadas a mulheres que não se casaram até a metade de seus 30 anos. E apesar do número de mulheres solteiras ter aumentado o estigma social não diminuiu.
Existem aproximadamente 500 mil pessoas portadoras de hanseníase e 20 milhões de pessoas curadas no mundo. Quando consideramos os membros da família, mais de 100 milhões de pessoas estão sofrendo com a discriminação relacionada a hanseníase. A hanseníase é erradamente considerada por muitas pessoas como uma doença hereditária ou uma punição sobrenatural, e é temida por muitos. Entretanto, através de um coquetel de medicamentos, essa "doença incurável" tornou-se completamente curável. A despeito desse fato, os portadores de hanseníase sofrem discriminações que limitam sua capacidade para estudar, casar ou encontrar um trabalho. Mesmo após a morte, as famílias ainda sofrem descriminações sociais.
Todos os direitos humanos são importantes para os pobres porque a miséria e a exclusão estão ligadas à discriminação, a um acesso desigual aos recursos e às oportunidades e ao estigma social e cultural.O fato de os direitos dos pobres lhes serem negados faz com que lhes seja mais difícil participar do mercado de trabalho e ter acesso a serviços básicos e recursos. Em muitas sociedades, são impedidos de gozar os seus direitos à educação, à saúde e à habitação simplesmente porque os recursos de que dispõem não permitem. Isso dificulta a sua participação na vida pública, a sua capacidade de influenciar as políticas que os afetam e de obter reparação das injustiças de que são alvo.
A pobreza significa não só rendimento e bens materiais insuficientes mas também uma falta de recursos, oportunidades e segurança que mina a dignidade e exacerba a vulnerabilidade dos pobres. A pobreza também tem a ver com poder: quem o detém e quem não o detém, tanto na vida pública como no seio da família.
Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto a socialização do homem.
A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os portadores de deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.
A literatura clássica e a história do homem refletem esse pensar discriminatório, pois é mais fácil prestar atenção aos impedimentos e às aparências do que aos potenciais e capacidades de tais pessoas.
As desigualdades sociais históricas agregada a expulsão do homem do mundo do trabalho com o avanço tecnológico, criou-se historicamente, uma grande massa de pessoas que não encontram formas de inserção no mundo econômico, social e político, produzindo sobre os pobres o estigma de “classes perigosas” e “classe descartável”.
O estigma de uma velhice associada à perda, doença e incapacidade que o outro tem a respeito da velhice muitas vezes é absorvido pelo próprio idoso.
O estigma social da velhice significa que: Ser velho é dar despesa, tanto para os familiares e para o Estado como um todo, cuidados e também atenção especial da sociedade e da comunidade muito rara nos dias atuais. São conceitos generalizados que na verdade não combinam com algumas realidades, em que o velho contribuiu para o progresso de uma nação, mais que milhares de jovens. E hoje goza de privilégios sociais, (que na maioria são ínfimos e não fazem jus ao que realmente merecem) que por definição, lhe competem por direito adquirido.
Os meios de comunicação de massa constituem no contexto de estima social, um dos canais de produção e reprodução da cultura da exclusão, quando divulgam exclusivamente o crime associado aos setores populares - criminalização das classes populares - “uma maneira de circunscrever a violência, que existe em toda a sociedade, apenas aos “desclassificados”.
Os setores economicamente dominantes, proprietários e dirigentes dos meios de comunicação de massa, na busca incessante do lucro, produzem matérias que banalizam a violência.
Ao ouvir as definições cotidianas sobre o que a população de modo geral entende por direitos humanos, deparamo-nos com formas distintas de concepções, impregnadas na maioria das vezes, de preconceitos e estereótipos, construídas historicamente a partir das relações sociais – desigualdades sociais e econômicas, a exclusão social, e principalmente do modo como a mídia fabrica estigmas em relação aos direitos humanos.
Reproduzindo e produzindo uma cultura da exclusão. Esse modo consumista de viver impõe por sua vez, modos de relações e de subjetividades, que interferem nas relações familiares, sociais e institucionais.
Do ponto de vista da Sociologia, e particularmente da corrente interacionista simbólica, interessa, sobretudo analisar as relações que se estabelecem entre os estigmatizados e os "normais". Os contactos sociais com o portador de um estigma tendem a enfermar de insegurança e dificuldades de diverso cariz –
Por exemplo, não saber como reagir, se olhar ou não diretamente para o defeito visível, se auxiliar ou não a pessoa, se contar ou não uma anedota acerca desse "tipo" de pessoa. Qualquer que seja a conduta adaptada, por ambas as partes, haverá, muitas vezes, a sensação de que o outro é capaz de ler significados não intencionais nas nossas ações. Esta é uma das razões que levam a que os indivíduos estigmatizados desenvolvam estratégias de encobrimento, por forma a garantir ao máximo uma vida normal.
Os ditos "normais" se acham no direito de apontar o dedo e julgar essas pessoas de acordo com os seus valores de normalidade. Assim cria-se uma expectativa sobre estas pessoas esperando um tipo de comportamento já programado.
Não podemos deixar de lembrar do estigma dos "normais": o de preconceituosos. Algumas pessoas ainda têm receio de se relacionar com os portadores de algum estigma, elas precisam se informar mais a respeito desse assunto e, se possível, mudarem de opinião.
O relacionamento entre indivíduos estigmatizados e indivíduos "normais" deve ser como se fosse uma espécie de trato, em que o estigmatizado se sinta inteiro participante da socialização, sem temer ou sofrer nenhum tipo de preconceito; e, para os "normais" não ficarem distantes, devem desenvolver habilidades para aprender a conviver e interagir com eles, não se sentindo, com isso, limitados, mas sim integrados.
“VIGIE SEUS PENSAMENTOS, PORQUE ELES SE TORNARÃO PALAVRAS;
VIGIE SUAS PALAVRAS, PORQUE ELAS SE TORNARÃO ATOS;
VIGIE SEUS ATOS, PORQUE ELES SE TORNARÃO SEUS HÁBITOS;
VIGIE SEUS HÁBITOS, PORQUE ELES SE TORNARÃO SEU CARÁTER;
VIGIE SEU CARÁTER , PORQUE ELE SERÁ O SEU DESTINO”
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