Quando o Discípulo está pronto para aprender o Mestre aparece para lhe ensinar. Quando o discípulo está pronto para ensinar, o Mestre se retira, pois há um novo Mestre.
No processo da Grande Obra, há realmente mistérios indizíveis, o que nos espanta profundamente é a infinidade de conhecimentos os quais podemos adquirir e os novos rumos que tomamos cada vez que os adquirimos. A Sabedoria não consiste apenas no conhecimento que compreendemos mas no uso que dele fazemos e em que momento fazemos.
Há luz no meio dia, há luz na meia-noite, Luz é luz, seja aos olhos de quem vê ou aos olhos daquele que nunca viu. Assim é a sabedoria e o poder, somente quando equilibramos as duas pernas, podemos caminhar. O que aqui falamos será entendido pelos que tem ouvidos e ouvem, aos que tem olhos e vêem, e aos que pernas e caminham.
Não se cria o terceiro sem as duas partes primarias. Não há nada sem que tenha ocorrido a união do incriado e da primeira criação. Tão somente quando trilharmos dois caminhos encontraremos o terceiro oculto, o qual consiste na soma das duas partes a qual em sua totalidade é a verdade Absoluta.
A Verdade absoluta não pode ser apenas uma parte do todo, senão a união de Pistis e Sophia, do Poder e da Sabedoria, da Luz e do Fogo.
Somente os bravos, os valentes, são capazes de compreender e de vivenciar a Grande Verdade, pois são mistérios os quais causam temor aos bons e aos maus. A Ultima Verdade em si, é o Horror aos olhos do Homem, de Deus e do próprio Diabo, pois é a soma de todas as coisas e mesmo assim não é nenhuma delas.
Na luz depositamos nossas esperanças, mas do fogo tiramos nossa força. No entanto na luz podemos nos cegar e no fogo nos queimar. Somente adaptando as formas e mesclando os elementos podemos evitar tais perigos. O Sábio sempre sabe equilibrar os pratos da balança também mesclar os elementos em igual quantidade.
Lembremo-nos que quanto mais forte a luz, mais espessas serão as trevas. Quanto maior o esforço, maior será a resistência. Eis que precisamos compreender o mistério da medida, no peso e do número.
Da medida vemos a distância, do peso a importância e do número o grau. Dali calculamos tudo o que é, também o que nunca será.
Per Zeus, Gloria tibi Domine. Que EROS nos ajude nesta ultima jornada, e que o perfume do Narciso não seja veneno para mim.
A Cada passo para a esquerda, necessitamos compensar com um passo a direita, pois um pé permanece sobre a terra e o outro sobre a água, enquanto com uma das mãos movo os ventos e na outra carrego o fogo.
A Jornada só termina quando começa de novo, pois o ciclo é infinito e a repetição é eterna, pois o movimento nunca cessa embora os olhos nem sempre vejam. Aquele que vê sabe para onde vai, pois conhece de onde veio. Sabendo onde se está, sabemos tudo quanto houve ou haverá, pois o eterno é o presente momento sempre em movimento.
A Cada passo para a direita, necessitamos compensar com um passo para a esquerda, pois o equilíbrio é a fonte do movimento perpétuo, muito embora o movimento sempre exista, o centro é a base de todo impulso. Controlar o centro é controlar tudo que dali emana.
A União dos dois cria o terceiro e neste momento o 1 e o 1 são o 3, pois não vemos as unidades mais as grandezas. Assim como 3 e 3 são 7, 1 e 1 são 3, por fim o 3 e o 7 são os 10 os quais são tudo e nada, Luz e Trevas.
Adjutorum nostrum in nomine Domini.