SINÓPSE
Espiritualidade

SINÓPSE



Parte I
Devaneio Lógico

Os segredos da vida estão codificados em nossa memória, revelados para nós apenas quando for oportuno e adequado. E muitas vezes não escutamos a voz da consciência e nem damos ouvidos a Razão e a Lógica. Ficamos estáticos, muitas vezes torcendo para não sermos acionados em situações difíceis ou simplesmente não tomarmos partido em nenhuma situação ou não opinarmos, quando por muitas vezes sabemos a resposta !
Com a Vida, diariamente mostrando sua planilha de acontecimentos, nos deparamos com a verdade e nem sempre entendemos o desfecho ou resultado. E cada vez mais aprendemos com a dor, com o Amor, com a compaixão e com a caridade.
Se necessário, aprendemos com exemplos de conduta, aqueles que nos deixam até sem graça, por sentirmos pequenininhos e por não sermos heróis também. Coisas simples, pequenos gestos, meras palavras de carinho, paciência com o semelhante, um sorriso, uma lágrima, um elogio... Parece pouco, más é infinito para quem recebe !
Na maioria das vezes, devemos ouvir o Deus que existe dentro de nós, aquele que nos foi ofertado pelos Céus e muitos chamam de consciência. Devemos sempre bter atitudes, determinação e também opinião, sem que ninguém precise nos orientar ou decidir por nós !

Sabemos praticamente todas as respostas para nos darmos bem em várias situações, em várias fases de nossa existência, para sermos precisos e para vivermos bem.
Temos plena consciência da diferença entre o certo e o errado.
Quando soubemos que vários semelhantes desafiaram as leis do bom senso, tivemos a certeza que sempre se deram mal ou que não provaram a sua teoria.
Mas muitos deles provaram que “o gancho para ser certo, precisa ser torto”.
E o que se torna óbvio para muitos é na maioria das vezes duvida para outros.

Somos egoístas, muitas vezes não aceitamos a verdade por não estarmos a altura de enxergá-la ou entende-la.
Muitas vezes duvidamos da nossa capacidade de criação e execução por não acreditar que somos possíveis, ilimitados e super criativos.
Os nossos problemas são na maioria das vezes problemas dos outros, na qual os absorvemos.
As nossas incertezas são o fruto da nossa imaginação.
Mas podemos ignorá-las, contemplando o belo, a natureza, a vida.
Podemos desassociá-las dos nossos devaneios,
Revertendo-as em certezas e sabedoria.

O nosso entendimento vai até a altura dos nossos olhos.
Quando ultrapassa, fica difícil de analisarmos, de associarmos, de entendermos.
Fica complicado em aceitarmos “teorias” escritas por outros mortais, fica difícil em aceitarmos respostas Metafísicas. Fica muito difícil absorver e aceitar o fantástico e o sobrenatural.
Mas como temos por hábito olhar sempre para o alto e achar que a vida não acaba e nem o espírito se extingue, aceitamos muitos dogmas e literatura que dizem sobre “ A Imortalidade da Alma “.
E você acredita ?
Acredita que tem seres que habitam o mesmo espaço físico que o nosso, mas se encontram em outra dimensão ?
Mas pensando bem, isso não é o mais importante.
O importante é que acreditamos na força dos céus,
De uma entidade superior que nos rege e nos julga.
E é o suficiente, é o combustível que precisamos.

Nunca podemos esquecer, a maior oração que um ser Humano pode fazer para Deus, é a oração do bem, aquela que não se lê, que não foi escrita.
È aquela que dita o seu coração. Aquela que espelha a sua alma, enchendo-a de Luz e com uma grandeza divina.
A vida não é desilusão, ela caminha para uma justificação ( para um significado que justifique o seu sentido pleno ), para uma existência que plante frutos, faça o bem, respeite a si próprio e ao semelhante e caminhe para a ultima morada, a sua casa celestial, A eternidade.

Parte II
Anáfora

Olha o tempo que resta, olha o dia que passa, olha o que fizemos de bom para a vida?
Perguntas que não calam no subconsciente, mas não chegam aos ouvidos mocos da realidade cotidiana!
Culpamos muito o passado pelos infortúnios do presente. Culpamos muito que deixamos de fazer e também de atitudes que não tivemos com o que se apresenta hoje em nossas vidas. É impressionante como não conseguimos ter uma análise fria, objetiva e conclusiva de nossa realidade atual.
Citarei um exemplo para ilustrar esse parágrafo:
João se queixa por não ter estudado mais quando tinha oportunidade e que poderia ter um cargo de Diretor na empresa que é operário. E conclui que errou muito no passado e está colhendo os frutos no presente. E ainda diz que sente vergonha de seus familiares por ter essa condição simples de trabalho.
Na verdade, João fez uma opção no passado de não estudar e está direcionado para a sua escolha como resultado óbvio. Mas não quer dizer que cometeu algum pecado mortal, algum dano moral para seus pais ou que é inferior perante os Céus. Não! Isso quer dizer que ele não está pagando um preço muito caro para sobreviver, ou seja, não dá mais do que lhe pagam.
E que simples coisas, fazem parte da sua vida, sem arrogância, pretensão ou soberba. “Quem ganha muito, paga muito pelo dinheiro!”
Ou seja, um Diretor tem uma responsabilidade infinita em relação ao operário e até perde noites de sono igual a ele, porém com outra dimensão e direcionamento muito mais abstrato, complexo, preocupante e contraditório.
Às vezes, a atenção que o operário dá aos seus é infinitamente superior a do executivo, que mal consegue se programar para ir ao teatro ou ao supermercado. É claro que toda a regra tem exceções, mas no modo geral é assim que funciona.
Então concluímos que:
Não tem diferença entre se divertir num pagode ou forró ou numa boate cara e sofisticada. A felicidade está presente nos mesmos lugares ao mesmo tempo, basta estar pré-disposto a encontrá-la. Pois o sorriso e o contentamento são os maiores presentes que ela dá para nós.

Quando lamentamos, esbravejamos, aconselhamos ou simplesmente falamos e usamos um começo repetitivo para grifarmos o que queremos expressar, estamos usando de anáfora, ou seja, anaforismos.
“Temos que arregaçar as mangas, temos que prestar mais atenção, temos que ganhar, temos que botar as mãos na massa... É um exemplo clássico.
A repetição da primeira palavra em seguidas frases é comum quando temos que alertar ou simplesmente argumentar algo ou alguma coisa que enxergamos e queremos que também enxerguem.

Quando priorizamos um colega de trabalho ou vizinho pela sua superioridade, na qual achamos notória e que nem sempre é real, estamos desmerecendo a nossa auto-valorização, estamos nos posicionando num plano inferior ou nos colocando num patamar baixo, sem mais degraus a serem alcançados.
Isso mais uma vez se deve aos lamentos registrados nas alamedas de nossa memória que nos julga e também nos mescla com a impotência ou com o não cumprimento do decurso natural da vida traçado pelo Homem e não pela vontade de cada um, que deve ser respeitada e absorvida, desde que seja honesta e não cause prejuízo para a Família, Comunidade ou Sociedade.
Na verdade, para termos um presente digno e contemplativo, temos que:
a- Esquecer o passado e o que ficou para trás;
b- Esquecer o que não fizemos e fazer o que sabemos;
c- Esquecer o que éramos e aceitar o que somos;
d- Esquecer a tristeza, o descontentamento, a desilusão e pensarmos que somos o que foi determinado pelo destino;
e- Esquecer a condição do semelhante e fazermos com que a nossa condição seja igualmente respeitada.
f- E por ultimo, esquecer o que há de ruim nessa vida, pois só assim conseguiremos prestar atenção no que há de bom e o que realmente vale à pena.

As condições em que se encontram os destinos de semelhantes é que fazem com que sejamos críticos no julgamento e no resultado dele.
"Os homens são movidos e perturbados não pelas coisas, mas pelas opiniões que eles têm delas." – Epicteto

O posicionamento de cada um em relação à vida é que nos deixa insatisfeitos com a nossa situação cotidiana.
Muitas vezes esquecemos os louros das vitórias diárias e nos espelhamos em futuras conquistas, para nos redimir do que deixamos para trás, pensando somente no amanhã e esquecendo que se não fizermos algo no presente, o futuro será mensurado pela incompetência do passado.
Os fantasmas de outrora devem ser exorcizados no presente.
Devemos jogar água benta nas imagens sombrias e sem luz da nossa memória;
Devemos purificar os nossos pensamentos e as nossas atitudes;
Devemos respeitar a vida só para variar um pouco;
Devemos ignorar o egoísmo, só para torcemos para a vitória de todos;
E devemos praticar o bom senso, só para contrariar a maioria.
Ai sim construiremos um alicerce para termos um futuro interessante, pois se pensarmos longe em todos os momentos, esquecemos o que está perto. E se diagnosticarmos o presente pelo passado, sentiremos falta do que não fizemos e também saudades do que não conhecemos.

Você já pensou se todos tivessem um presente digno, seria mais interessante e menos arriscado ou perigoso para todos. Teríamos mais tempo para contemplar a felicidade, na qual muitos pensam que ela pode ser comprada! E que na verdade ela é um conjunto de sorrisos e também uma dose de descontração e um sonho de liberdade e de descompromisso.

O tempo passa, a verdade fica, a realidade se transforma, os conceitos mudam, as oportunidades aparecem com mais facilidade, os desejos ficam mais acessíveis, os sonhos menos impossíveis, os argumentos menos estáveis, tudo muda ou recicla, mas uma coisa não muda, a essência pura e honesta de cada um, pois com ela conseguimos tudo na vida com muito, mas com muito mais facilidade mesmo. Essa pode não ser a verdade da vida ou da eternidade, mas com certeza é a nossa verdade e é o que realmente importa para nós e para a nossa existência!
Devemos viver;
Devemos deixar os outros viverem;
Devemos enxergar a nossa verdade honesta como opção de vida e
Devemos amar as coisas simples, pois elas são a verdadeira matéria prima das coisas complexas!

Parte III
Fractal

Quando achamos que estamos certos em tudo, quando não conseguimos escutar o som da verdade e também quando estamos convictos que a verdade pertence somente a nós, é quando estamos exageradamente repetindo uma cena de egocentrismo clássico, com muita vaidade e muita arrogância.
Quando não conseguimos escutar a voz da razão, o som do silêncio e a fala dos Céus, estamos invadindo um espaço proibido, não permitido da nossa mente.
Estamos na verdade sendo cúmplices de nossos medos, de nossos horrores, da nossa impotência e da nossa impaciência.
Estamos deletando a benevolência e a compaixão do nosso dicionário.
Estamos unidos à irritabilidade, à falta de compreensão e de sentimentos bons.
Estamos definidos a cometer desatinos, a sermos insensíveis, inflexíveis e altamente egoístas. Estamos percorrendo praticamente um caminho sem retorno.

Quando temos uma forma geométrica que se auto repete dentro de si própria e parece sempre igual, não é um mero fractal e sim um caleidoscópio de incertezas, com imagens transformadas no espelho da repetição em terríveis pesadelos e sensação de solidão intelectual e moral.
Independente da ampliação da imagem em quem nos vê e ao mesmo tempo não nos enxerga, nos causa uma sensação de automatismo e de desprezo.
O reconhecimento da nossa voz como um som de comando ou até confundido as vezes com um urro animalizado, as vezes não conseguimos perceber de imediato. Mas quando nos escutam, e não nos ouvem, positivamente entendemos que estamos deteriorados no conceito do semelhante. Somos apenas um amontoado de cacos precisando urgentemente ser reagrupados e rejuntados pela sensatez e pela Sabedoria da Vida.

De nada adianta a nossa soberania se não temos súditos;
De nada adianta a nossa liderança se não temos fiéis e liderados;
De nada adianta o nosso poder se somos hipócritas e déspotas.
Assim como somos intransigentes, o fluxo energético que emanamos, retorna com a potencia amplificada, cometendo estragos quase que irreparáveis em nossa consciência. É quando sem compreensão, nos entregamos ao ostracismo.
De nada adianta a nossa soberba, pois mesmo com todo o conhecimento e com toda a teoria, a prática nos ensina que a Vida é feitas de momentos, de fatos, de acontecimentos, de tragédias, de infortúnios e de sofrimento que até parecem com os que já aconteceram, mas não são idênticos.
Enquanto nenhum problema grave nos assola, não conseguimos mensurar a sua magnitude, por esse motivo não conseguimos avaliar o desgosto de outra pessoa em sua totalidade. E na maioria das vezes nem damos crédito ou nos sensibilizamos com o fato.

O mundo nos mostra a cada dia que precisamos respeitar mais o semelhante, nos unir cada vez mais com o próximo, pois sem esse auxilio, estamos perdidos.
A solidariedade, palavra que está na moda hoje em dia, é o meio mais rápido de solucionar a maioria dos problemas que necessitem de solução imediata !
Um grande exemplo são sobreviventes de enchentes e desabamentos em condomínios de luxo, que foram resgatados com Vida por pessoas simples, funcionários e operários na sua grande maioria.
Os céus nos mostram que tudo tem um limite, um propósito e uma razão de ser. Todos somos iguais perante a Natureza;
Todos temos os mesmos direitos e as mesmas necessidades;
Todos precisamos das mesmas coisas básicas para sobreviver.
E contamos com a cooperação e a assistência de outros para existirmos.
E até para virmos ao mundo precisamos do auxílio à princípio, de duas pessoas na concepção e de muitas outras no nascimento.

Os fatos e as coisas mais simples não necessitam de dinheiro para serem conquistadas. A espontaneidade, a originalidade e a verdade, são fatores que não se adquire e sim se nasce com eles.
Muitas vezes definimos “dons” divinos como, um grande físico, musico, médico, religioso, político, líder ou artista, é quando nos equivocamos. Um grande presente dos Céus, que na verdade é o “dom” maior, é a bondade...esse sim tem reconhecimento eterno. Fazer um bem para a Humanidade é divino e notório e fazer um bem a um vizinho ou alguém que necessite é simplesmente maravilhoso.
É o legado que o nosso profeta maior deixou, como herança e como tesouro.

Os parâmetros entre a ficção e a realidade se confundem na atualidade.
Todos os dias novos inventos, nova tecnologia, novas fórmulas nos são mostradas, apresentadas e também passam a fazer parte do nosso dia a dia.
Então porque sermos prepotentes, irreverentes e sarcásticos, pois na verdade sabemos que não estamos sós e não podemos viver sós, sem o agricultor, sem o operário, sem o cientista, sem o artista...

Parte IV
Os asseclas do medo

Um par de olhos estava mirando o Horizonte, num dia cinzento, úmido, silencioso, cheio de magia, medos e encantos mórbidos, quando percebeu que o Planeta estava mudando e as coisas e as pessoas tinham tomado um novo rumo, bem diferente do que conhecia e do que imaginava.
Os valores antigos tinham se transformado em exemplos apenas, com poucos comentários e ilustrações, com citações de semiologia e de modelo épico de comportamento e costumes.

Olhou com olhos de outrora o enigma da descoberta dos desejos, do calafrio dum beijo quente, da exatidão das horas incertas e das caladas noites com gritos ao longe, bem ao longe.
Frustrou o seu presente com glorias deixadas no passado e lembrou o que não fará no futuro.
Entrou, literalmente num pensamento profundo, tão real, que suas pupilas pulavam de contentamento e de alegria em pensar nas coisas tão lindas e preciosas que fizera tantas vezes, mas pena que só em sonho. O seu imaginário era dum escritor de romance, daqueles conturbados, mas com final feliz.

Estava sectário dos seus dogmas e princípios que jaziam numa seita de incredibilidades, mas com Anjos dominando profundamente o seu coração e a sua credibilidade irrestrita .
Tinha na Alma, cicatrizes do incompreendido, tinha rugas do cansaço e falhas da exatidão.
Quando mirava o Horizonte, descrevia sentimentos reais, mas que habitavam somente na sua imaginação. Sua lógica conflitava com o remorso de não pedir perdão e sua alegria se confundia com severas crises de incompreensão e também de incerteza.
Parou por uns minutos, respirou fundo, olhou as mãos, conferiu os dedos e com muito empenho em ser e ter sensações :
Sentiu o arrepio da solidão como se fosse uma maldição;
Sentiu a força do medo, da incerteza, da insegurança travestidos em ilusão;
Sentiu a fome de amar, como há muito não fazia;
Sentiu o cheiro da pele perfumada com fragrâncias com fixador 5;
Sentiu o gosto do suor se espalhando em suas narinas;
Sentiu o sabor da emoção e a sensação de já ter sentido sensação;
Sentiu a doce voz do amor, da ternura e do desejo;
Sentiu a dor da razão, trazendo-o de volta à realidade.
Enfim sentiu-se no presente novamente.
E calculou que se não fossem os olhos da verdade e do conhecimento, jamais existiria os olhos da Sabedoria.
Percebeu que sua conduta não tinha mais repreensão, que pouco importava para as pessoas a sua opinião, a sua experiência, a sua técnica e o seu conhecimento.
Percebeu também que simplesmente caminhava só, não mais com medo, não mais com tristeza, apenas com uma indiferença enorme às coisas da vida, pois sabia que a verdade não se baseia na simples descoberta das coisas. e sim, para que servem essas coisas e como usá-las.
Irônico, pensou, como demora muito para a Sabedoria se instalar no nosso espírito.
Só quando estamos envelhecendo é que ficamos Sábios, mas que adianta, se agora o vigor deixou de habitar a matéria, se o desejo passou a ser uma nova experiência e que a vontade se transformou em necessidade, que adianta então ?

Sem muito mais a comentar com os seus próprios botões, refletiu que se fosse ficar como todos os asseclas do medo, temendo a morte e suas conseqüências, e que morrem sem obter respostas, não havia necessidade em se preocupar com o fim, pois o começo de uma nova era se aproximava. Se morresse para sempre, o que fazer, se for a lei da Criação, assim seja.
Se for para uma nova vida, com certeza, me lembrarei do que aprendi por aqui e também o que deixei de fazer, por falta de oportunidade ou por falta de coragem, o que quero de bom e também o que vou fazer sorrindo e amando !

Num momento de reflexão, sozinho em seu quarto semi iluminado e com o silencio como companhia e a noite como alento, meditará em profunda concentração e concluirá que: a morte é a única razão da vida, a única certeza que se tem, o colírio para olhos cansados e quase sem foco para a inserção de novos conceitos e tempo para a compreensão de novos valores e também o fim das dores e dos desejos de sentir e de mostrar o que não somos e temos.
Pensará que muitas coisas morrem para outras nascerem. Plantas, Vegetais, restos de Animais, viram adubo ou ração para alimentar novas Vidas, novas oportunidades. E lembrou também que na conta de seus muitos anos de Vida, não era nem sombra comparado à idade do Planeta.
Sorrindo, enxugou as lágrimas, eternizou à Alegria, se apresentou à Felicidade e disse;
“Velho...é o mundo !!!”

Parte V
Uno Factum


Desde os primórdios da civilização, o planeta passa por repetidas cenas, desde simples fatos, como a concepção e o nascimento, até extraordinários como: tragédias, catástrofes, invenções, descobertas, etc., mas todas comparativas e com muitos exemplos.
Existem Fatores na História da Humanidade que determinam acontecimentos únicos, fatos sem precedentes e sem explicação teórica.
Na maioria, aconteceram com premeditação, ou seja, para realmente interceder ou marcar seu feito e estampar com diagnóstico único, a evolução do Planeta.

Temos alguns tópicos para ilustrar com exemplos esse tema e deixar claro o indecifrável “Uno Factum”, o seu mistério de elaboração e a sua repercussão.
Como grande e maior exemplo, temos a vinda do filho de Deus, pela única e exclusiva vez, em matéria, em carne e osso, como ser Humano, entre nós, para deixar um legado de amor e paz. É a única vez que se tem ciência que isso aconteceu na História.
Outro exemplo é a mortalha de Turim, um pedaço de linho que contém a imagem de um homem que aparentemente morreu de crucificação. Muitos católicos o consideram como sendo o manto que envolveu o corpo de Jesus Cristo, o chamado “Santo Sudário”. É a única mortalha que existe que tem a face estampada de alguém.
Joana D´arc, um general do sexo feminino, munida de uma bandeira branca, chega a Orléans em 29 de abril de 1429. Comandando um exército de 4000 homens ela consegue a vitória sobre os invasores no dia 9 de maio de 1429. O episódio é conhecido como a Libertação de Orléans (fato único).

Na idade contemporânea, encontramos a Missão Apollo 11 foi à quinta missão tripulada e teria sido a primeira a pousar na Lua. Neil Armstrong teria sido o primeiro homem a pisar na Lua em 20 de julho de 1969, dizendo a célebre frase "Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade" (fato único).
A criação da ONU em 1945, no período do pós-guerra (segunda guerra mundial) envolvendo 51 paises que se uniram para tomar decisões sobre o planeta (não se fez nada parecido antes ou depois).

Esses são exemplos antológicos e notórios, que ao longo dos tempos ainda são únicos e sem fator comparativo.
Recentemente, só para exemplificar um fato único acontecido em 2010, no ramo do entretenimento, que foi marcado com um misterioso desenrolar e um desfecho mais intrigante ainda. Sendo indiscutivelmente quase unânime o resultado final de um famoso reality show exibido pela televisão brasileira.
Ex-participantes, membros de edições passadas, foram convidados a participar pela segunda vez da edição desse ano. Distribuídos em equipes por suas aptidões ou comportamento sociológico.
E caso a equipe a qual pertencia cada um dos membros vencesse a prova inicial ou fosse convidado por um dos integrantes do sexo oposto, entraria novamente na competição, fato único, em todo o histórico mundial do reality.
Foi o caso de um deles que foi convidado por uma integrante e assim por três meses, permaneceu como sobrevivente em meio a inúmeras votações e por fim veio a ganhar o programa. Um exemplo simples, porém premeditado pelo perfil, mas com um desfecho desconhecido e único, sendo mais um exemplo de “Uno Factum”.

Quando não se tem idéia ou pré-disposição para criarmos ou acrescentamos um novo fato ou episódio à vida e quando não nos importamos em determinar circunstâncias novas e distintas a evolução, não contribuiremos com sua mudança e assim como nos períodos escuros da História, como foram milhares de anos sem mudanças científicas ou ideológicas, seremos apenas um item ou numero nas estatísticas, apenas engordando o índice de exemplos óbvios e sem expressão notável.
Podemos mudar ou acrescentar o ciclo dos acontecimentos, se realmente presenciarmos ou formos protagonistas de algum fato isolado e único, ora com idéias, caso do reality show, ora com atitudes, tendo como exemplo a guerreira Joana D´arc ou ainda se formos agraciados com uma missão dos céus.

Muitos atribuem a esses fatos isolados a intervenção dos céus e assim com uma Luz celestial, idéias e atitudes são distintamente atribuídas às leis divinas ou a missões exemplares que servem como protótipo ou arquétipo para seguirmos com fé, força e coragem os difíceis caminhos da Vida.

Parte VI
Espírito eterno
Quando precisamos conhecer a solidão, o mal, o desafeto, a vaidade, a ignorância e o ódio, para darmos valor a quem nos ama, a quem se preocupa realmente conosco, é lamentável, terrível e nada original.
Quantas pessoas, quantos crédulos, quantas almas perdidas, quantas almas desorientadas, quantos seres céticos e/ou desinformados, quantos ateus, quantos lúdicos ou apaixonados, passaram por essa experiência ? -
Muitos e muitos, é o que imaginamos !
Para conhecermos a vida e suas surpresas, precisamos estar preparados espiritualmente para vencer desafios e suplantar obstáculos. Devemos nos preparar para reverter os problemas em soluções e para superar os acidentes de percurso, que são inevitáveis.

Na realidade, não precisamos conhecer os exemplos ruins na prática, para nos certificarmos de quem os colocou à principio, é confiável, e de quem nos reportou é perito em matéria de experiências já vividas.
Como teimosos e incrédulos, tal qual São Tomé, pagamos para ver. Esquecemos que não somos vencedores e muitas vezes nem estamos no jogo, ainda. Muitas vezes, as palavras, os conselhos e os fatos, são vetores (Quantidade que para sua especificação completa requer uma grandeza, direção e sentido) laterais de nosso foco. Distantes dos nossos ideais, obscuros, desfocados e completamente sem associação com os nossos objetivos e propósitos.

Até então, somos indestrutíveis na extinção tri-dimensional, nos multiplicamos com velocidade, criamos formas artificiais de gerar vida, damos e tiramos as belezas do planeta, super habitamos os centros urbanos, as Metrópoles, inventamos, criamos, escrevemos, choramos, rimos, mas tudo físico, tudo como a vida determina.
Vivemos tensos e adotamos táticas infalíveis para vencer os nossos obstáculos, criamos um escudo imaginário para nos defender da realidade, fazemos um roteiro de comportamentos e atitudes ( as vezes não passa de pura representação ) para servir de autodefesa e para interpretarmos um bom personagem no teatro da vida.

O processo de aprender, começa imediatamente com a criação. As informações contidas no nosso núcleo energético-espiritual, vão nos orientando passo a passo, e determinando uma conduta física, semelhante aos nossos antepassados. Mas nem sempre essa conduta é atual e ideal para adotarmos como regra de vida e posicionamento comportamental. Às vezes viemos com a missão de retirar essas informações incorretas, reestruturar seus princípios e elaborar novos conceitos, novos valores. Tudo o que realmente temos que fazer é, nos preocupar em evoluir o nosso Espírito, usando como ferramenta evolutiva, o nosso corpo e a nossa Alma.
O corpo cresce e desenvolve mas o espírito está completo. Um espírito tem inteligência cheia e ativa a seu começo. Do momento que é criado, desenvolve uma compreensão de relação com seu ambiente. Inicialmente está completamente ocupado com o sofrer na vida. O crescimento do corpo que é inicialmente associado com o espírito , leva tudo de sua atenção. Como sua relação com seu corpo estabiliza gradualmente, fica livre para crescer entendendo a razão e tendo a sabedoria relativa às existências que são o externo de si mesmo.

Esquecemos muito o nosso espírito, a nossa energia, a nossa imortalidade. Esquecemos que para vencermos o “reality show da vida” devemos estar com o nosso espírito, enquanto Alma (Substância incorpórea, imaterial, invisível, criada por Deus à sua semelhança; fonte e motor de todos os atos humanos), em sintonia com a matéria.
Devemos nos aconselhar com ele, devemos nos identificar com ele, devemos ser ele, sempre, sempre !
E como fazer isso ?
É simples, é só ouvir o seu coração (O Espírito se comunica conosco através dele) e encontrará as respostas que realmente precisa .
Encontrará também os desejos escondidos, a sutileza dos gestos, a verdadeira vocação para ser feliz e também a verdadeira missão que nos foi ofertada. Encontraremos, as perguntas que jamais sonharíamos em fazer e as respostas que jamais sonharíamos ter para todas as nossas dúvidas.
É simples, bom e barato. Não dói e nem arranca pedaço, é o prazer em conhecer o nosso espelho ! É a realização de passarmos a ser um Arquétipo, um exemplo à Humanidade e a Eternidade.
Unindo corpo e Espírito, estaremos em sintonia com o Universo, estaremos na mesma freqüência do Criador. E isso simplesmente não é só importante para a nossa reprogramação de conceitos e valores, é fundamental para a nossa evolução espiritual e primordial para entendermos a magia maravilhosa e perfeita, que é a criação.

A natureza divina de Deus é puro espírito, pura energia. Deus não tem nenhuma parte, Ele não é divisível.
Ele é o todo, o tudo, o completo, o eterno, a vida e a realidade. Como somos filhos Dele, temos que lembrar que fazemos parte dessa energia, do Universo, do complemento do todo.
Temos que merecer estarmos aqui, pois fomos criados, à principio em Espírito e à posteriori em vida, em receptores e canalizadores de energia cósmica, em sentimentos, em atitudes e em conduta.
Temos que agradecer a Luz que nos rege e nos ilumina, trazendo claridade as nossas penumbras e que também mostra o caminho certo a ser seguido e palmilhado.
Temos que agradecer a nossa participação no espetáculo que é “O Milagre da Vida”;
E temos que agradecer por participar das aulas nessa maravilhosa escola, que é a Natureza.
Somos a peça que se encaixa perfeitamente em uma lacuna existente na eternidade e que só a nossa constituição energética se ajusta, com milimétrica precisão.
E esse pequeno pedaço que está nos esperando e que foi um presente de Deus, devemos honrá-lo e respeitá-lo, seguindo as orientações do bom senso, da critica conclusiva, justa real e também dos exemplos de Amor e compaixão, que conhecemos e muitas vezes temos receio ou vergonha de usar.

Somos um todo, separado em três partes distintas e evolutivas: corpo, alma, e espírito.
Três aspectos ou níveis de existência, que unidos encontrarão, sem duvida nenhuma
"A Felicidade Eterna".

Parte VII
Decálogo

Quando estamos diante do espelho, analisamos os fatos que decorrem em nossas vidas. Enxergamos as nossas rugas, deficiências, mediocridades, egoísmos e também a nossa imaturidade espiritual.
Ficamos assustados com a nossa falta de consciência e reflexão. Ficamos apavorados com as nossas atitudes, com as nossas mesmices, desatinos, irrelevância e compaixão.
Mas, novamente nos sentimos impotentes e sem feedback para transformarmos o que erramos em futuros acertos.

Quando estamos diante de uma ligação com o mundo superior, refletimos o que poderíamos ter feito de bom para que as coisas tivessem outro resultado. Pedimos perdão para Deus e para nós mesmos, porém na manhã seguinte, cometemos os mesmos erros, em outra proporção. Um exagero de notórias pseudo-transformações, que nos levam de volta ao mesmo lugar !
Sempre queremos ter uma outra chance, mas esquecemos, que diante de tantas deficiências, o resultado sempre será o mesmo, somente mudamos os personagens, situações, problemas ou lugares.

Quando nos sentimos sós, lembramos que a terra existe, que as horas passam, que os pássaros voam e que as estrelas brilham. Lembramos também do poeta que diz: o Sol ao nascer dá um grandioso espetáculo, porém a platéia continua dormindo !
Lembramos de nossos dias de infância, da nossa poesia colegial, da pureza de nossa alma, da nossa tristeza, da nossa bondade, do nosso bom humor, mas esquecemos que tudo isso é só o princípio da elevação espiritual. Esquecemos também que tudo isso que pensamos que somos não é nada perante a grandeza do Universo, da grandeza da Sabedoria e da Soberania da Paz.

"Sermos nós mesmos", "Agirmos com a nossa verdade", "Sermos sempre francos", como dizem por ai, é filosofia barata e sem propósito, pois temos sempre que pensar que não estamos sós e que agindo com instinto, podemos magoar o próximo, dificultar relações, destruir ídolos de cristal e eternizar a nossa imbecilidade.
Podemos usar esses quesitos pré-elaborados e pré-estabelecidos pela sociedade, apenas em casos específicos.

"Temos que ser francos": quando a franqueza é utilizada para ajudarmos com palavras e exemplos à quem necessitar;
"Temos que ser nós mesmos": quando precisarmos de auto-confiança e determinação para realizar um trabalho de difícil elaboração ou uma atitude que possa ajudar ou mudar o destino de alguém;
"Temos que agir com a nossa verdade": quando estivermos em julgamento e precisarmos de argumentos verdadeiros para a nossa defesa.
Somente nesses casos podemos ser um pouquinho egoístas. Antes de darmos puxões de orelha ou criticarmos alguém, temos que lembrar sempre da porcaria do espelho, que verdadeiramente reflete quem somos !

Temos que ser filósofos, psicólogos e analistas, para termos equilíbrio. Temos sempre que agir com prudência, para fazermos “a coisa certa” e temos que pensar várias vezes antes de agir ou tomar decisões, pois é melhor termos inteligência e paciência, do ter que pedir perdão, depois !
“É preciso reviver o sonho e a certeza de que tudo vai mudar. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver.”

Temos que viver intensamente os momentos bons e ignorar os ruins, pois só assim conseguimos tirar proveito da rotina do dia-a-dia e da repetição de nossos gestos que fazem de nossas vidas “um eterno retorno”.
A causa e o efeito disso tudo, geralmente só são vistos no final de cada acontecimento, e as conseqüências...acreditem, só serão vistas no final de uma vida.

Parte VIII
Vielas e Veredas

Parado no eirado da praça por horas a fio, contemplando o horizonte,
Percebo que minhas lembranças já não contem tanto colorido.
Noto que o tom acinzentado das recordações estão cada vez mais opacos.
O tempo em que trazia toques cintilantes em minha retina, exauriu.
A tristeza que morava à quilômetros de meu coração, já está quase vizinha.
Trago em meu destino, o gosto amargo de uma quase perda, de uma quase extinção.
Os sons que ouvia, já não são mais obrigatórios, soam como lágrimas, as poesias que lia, já não encantam mais, perderam o lirismo, os versos perderam o significado, os encantos estão virando maldição, as nuvens formam figuras monstruosas e a chuva me causa pânico.

Encontro-me assim preso a um passado não muito distante, que me trouxe ilusões, alegrias, cumplicidade, sentimentos e paixões.
Atualmente, mais maduro e contemplativo, enxergo as minhas falhas de outrora.
E lamento não manter essas dádivas que antes me eram tão significativas.
Hoje consigo ver nitidamente os meus fracassos e as minhas decepções.
Se pudesse voltar no tempo, não mudaria nada, apenas acrescentaria mais ternura e mais empenho.
Estruturaria melhor os meus desejos e filtraria mais os meus caprichos e trataria de ajustar as minhas deficiências às minhas virtudes.

O meu dom de ser, confunde-se hoje com o meu dom de ter. Apenas isto, sem precedentes.

Então como crepúsculo de uma eternidade, traduzida em trinta e poucos anos, passo a caminhar por vielas que me trazem recordações do amanhã, do futuro.
Caminho também por veredas floridas e alegres e tento absorver o sentido das formas e me adequar aos novos rumos e perspectivas que serão úteis, quando uma nova afeição se aproximar.
Os labirintos de minha memória se aproximam da realidade, contemplando as perdas.
Fazem presentes os pretéritos de um mundo perfeito de minha infância.
Estabilizam a solidão das formas independentes, de entes que jazem na minha formação.
Traduzem a linguagem inteligível e indescritível que não conseguia assimilar.
Fazem o momento ser o combustível do daqui a pouco e do quase agora.
E trazem o retorno do esquecido, transformados em novas situações e formas.

Hoje me encontro autentico, cheio de planos, cheio de entusiasmo, cheio de lógica, mas com uma ligeira impressão que tenho que transfigurar os meus valores, os meus sentidos e alargar cada vez mais as vielas e veredas da minha vida, para poder passar com folga com os meus projetos, com o meu otimismo e com a minha felicidade !

Parte IX
Crisálida da Vida

O tempo passa, envelhecemos e voltamos a ser crianças.
Quando completamos o nosso circulo existencial, ficamos quites com a natureza.
A crisálida se extingue e deixamos de pertencer a matéria.
Novos destinos nos aguardam, novas moradas, novas atitudes e nova dimensão.
Mas hoje em dia, essa rotina de tempos atrás, está se modificando.
Novos horizontes estão sendo projetados em nossas retinas.
Em tempos atuais, os conceitos estão distintos dos de outrora.
As pessoas tentam fazer a coisa certa, mas
Nem sempre dá para manter o decurso natural da vida que diz:
“As pessoas nascem, crescem, se multiplicam, envelhecem e morrem”.
Hoje estamos numa nova era, numa nova projeção evolutiva.
Pois os tempos são outros, novos valores, novas perspectivas, novas fórmulas. A sintonia com o Universo está mais distante,
O colóquio com Deus está cada vez mais escasso, mais espaçado.
Os nossos sentidos estão cada vez mais voltados para a matéria,
Para a vaidade, para o egocentrismo e também para a promiscuidade.

Alguns, poucos por sinal, ainda se preocupam com a sobrevivência do Planeta;
Ainda pensam nas estruturas abaladas da família.
Se preocupam também com a moralidade, não aquela repressora, mas sim, aquela autêntica.
E se preocupam também com a espiritualidade, se preocupam com o destino das almas.
Acreditam que a nossa energia não se perde com o desprendimento da crisálida ou com a morte,
E sim se transforma em célula imortal ( Aquela que tem forma transparente de vida astral e que dura uma eternidade ).

Sabemos que para a vida, não somos imortais e nem viraremos semente,
Sabemos que nos nossos casulos, existem muitas suscetibilidades.
Sabemos que somos fortes em pensamentos porem fracos em consistência.
Sabemos que existe muita fragilidade no nosso sistema morfológico.
Mas temos como reverter isso :
Purificando o nosso espírito, melhorando as nossas deficiências e simplificando os nossos atos.
Podemos ignorar a maldade, o egoísmo, a altivez, o orgulho excessivo e o nariz empinado.
Podemos fazer de nossa crisálida o retiro espiritual de nossa existência,
Fazendo jus ao mérito de estarmos aqui, de sermos o animal mais inteligente do planeta
e também de estarmos no topo da cadeia alimentar.

Temos sempre que agir corretamente,
Fazendo a lição de casa, respeitando todos os princípios, as leis, os dogmas
E também pensando positivamente, tratando os nossos atos como se fossem únicos,
Não prejudicando os nossos semelhantes, não julgando
E transformando os nossos estudos em projetos reais, produtivos e autênticos.

Para conseguir viver bem nesse plano físico,
Temos que organizar os nossos sentidos, apurar os nossos sentimentos e interagir com a nossa inteligência. Temos que usar a Sabedoria, a bondade e a percepção.
Não devemos matar ou anular os nossos objetivos.
Devemos lutar sempre para alcançar os nossos ideais, mas nunca podemos esquecer,
Que na vida só se tem uma meta : “A Felicidade”.
E finalizando,
Para alcançarmos a Paz eterna, temos que respeitar primeiro a “Crisálida da Vida”.

Parte X
Os Signos da Escuridão

Todos temos um lamento na alma.
Todos temos uma tristeza no peito.
Todos somos sonhadores, todos temos planos para o futuro e não questionamos as possibilidades. Somos imediatistas e quando desesperados, agimos por impulso ou por necessidade.
Agimos sem refletir, não medimos os nossos atos,
Pois na nossa consciência, o tempo sempre urge contra nós.
Achamos sempre que somos dignos da complacência divina e da bondade da natureza.
Mas esquecemos que somos responsáveis por nossas ações.
E somos responsáveis também por nossos anseios e dilemas.

Nunca paramos para ouvir a voz da razão.
Nunca apreciamos algo sem criticar.
Nunca achamos nada cem por cento, sempre encontramos “falhas”.
Somos sempre seres únicos e com virtudes maiores que, as dos nossos semelhantes.
Estamos quase sempre acima do Bem e do Mal.
E esquecemos que : não devemos ser os maiores nem os melhores, temos que ser "únicos" !

Quando vemos coisas na mídia, que nos chocam ou nos escandalizam,
Tomamos conhecimento da verdadeira posição da Humanidade perante a vida.
Olhamos no espelho e analisamos o nosso verdadeiro papel na Sociedade, no Planeta.
Nos questionamos, ficamos cabisbaixos, abichornados e com o choque da notícia é que nos damos conta que a vida é interessante e que temos que melhorá-la, sempre !
Esse é o único momento em que esquecemos as picuinhas do dia a dia,
Tais como:
Quando temos a nítida impressão que os nossos vizinhos, estão sempre melhores que nós,
Quando pensamos que se o amanhã for igual a hoje, para que lutar então ?
Quando pensamos que ao chegarmos em casa, vem mais “bombas”;
Quando ficamos arrepiados em pensar que as Segundas-Feiras existem;
Quando um risquinho no sapato, consegue estragar o nosso dia;
Quando achamos que o nosso fim de semana foi morno e cinzento,
E quando temos a certeza que tudo que amamos não nos é suficiente.

Ah, que estranho vazio, que vontade de sair e esquecer da realidade;
Que vontade de sumir;
Que vontade de correr um pouquinho ou de desaparecer para sempre !

Mas depois refletimos :
Está tudo certo, não faz mal.
Isso tudo passa e logo estaremos bem novamente,
Pois mais do que a certeza que temos sobre o irreal e o imaginário,
É saber que a verdade está caminhando lado a lado com a Sabedoria e com a Razão.

Quando não temos motivos ou argumentos para analisar uma pessoa,
A julgamos pelos Signos,
Descobrimos que fulano é de Áries, beltrano é de Escorpião e cicrano é de Gêmeos etc. e assim Traçamos-lhe um perfil, esquecendo de fazer uma auto-análise.
Até parece que a regência astral define a personalidade das pessoas.
Até achamos que o mal humor do nosso chefe é por causa do inferno astral,
Ou até rotulamos nossos colegas, amigos e parentes pela influência astrológica.
Pura insensatez, a personalidade de cada um, independente do signo,
Se deve a formação moral, aos princípios básicos e a religiosidade adquirida ( convicção que existe um Ser superior que irá nos julgar à posteriori).
Existe sim uma verdadeira associação comportamental definida pelos signos,
Mas não quer dizer que eles sejam culpados pelas nossas deficiências e pelas nossas limitações.

Os verdadeiros culpados pela destruição dos nossos sonhos, somos nós mesmos.
Quando amamos mais o(a) nosso(a) parceiro(a) do que a nós mesmos;
Quando importamos suas virtudes e as adaptamos como nossas;
Quando transferimos os nossos sonhos e depositamos em suas mãos para que os tornem realidade;
Quando esperamos muito e damos pouco;
Quando ficamos egoístas e esquecemos que o verbo “sufocar”, não é muito conjugado.
E por ultimo, quando achamos que as forças do Universo conspiram conta nós.

Em suma:
Os signos que mais se assemelham a Humanidade, são os signos da Razão, da Lógica, da Paz e da Coerência.
De Áries a Peixes, somos todos bons, quando queremos;
Somos todos amáveis, quando desejamos;
Somos todos livres, quando pensamos,
E somos todos tristes quando lembramos que,
Somos a decadência da Percepção e fazemos os nossos dias serem escuros, tristes e regidos pelos
“Signos da Escuridão”.

Parte XI
O som do silêncio

Entre raios de luar e gotículas de sereno, encanto-me com o silêncio, com o frio e com a escuridão.
Encosto o meu sentimento no florido e colorido eirado e contemplo a natureza com suas formas, belezas e encantos.
No som do cair das folhas, dos ventos gélidos, dos vultos invisíveis e dos seres rastejantes, encontro um silêncio assustador, desprovido de pudor e de concordância.
Fico pensativo, divagando e viajando em minhas memórias.
Os lampejos de imagens em minha mente se acentuam de acordo com a sonoridade existente.
Meus sintomas emocionais se confundem com os meus arrepios de frio e com a minha gelidez.
Recordo-me do passado presente em que andava com o foco voltado para a matéria e que me esquecia completamente da parte espiritual, da parte mais importante da vida que são: energia e luz.

Voltando ali, naquele lugar mágico, todos os dias, cada vez mais me deparava com os meus instintos, com as minhas incertezas e com os meus desatinos.
A minha varanda ficava cada vez mais atraente e convidativa.
È como se fosse um portal para o bosque, para a noite, para a escuridão.
Me animo, me encorajo e me preparo para uma jornada de concentração plena.
Então, carrego o peito com ar puro, fecho os olhos por instantes e enxergo a sensibilidade das formas, mexo os dedos, chuto o nada e assim me preparo psicologicamente para tentar uma experiência nova e fascinante que é de interagir com a natureza, à noite !
Impressionante e fantástico !
Como um atleta pronto para a peleja, fico ansioso para a interação.
Começo a sentir novamente arrepios e um pouco de receio.
Começa então a experiência.
Caminho alguns metros distante do meu ponto de origem,
E consigo perceber novos e interessantes cenários de enigmática visão,
Percebo cenas de altíssima complexidade e de significado inigualável e único.
Começo a me concentrar e vejo :
As folhas se movendo em minha direção, o vento soprando em meu rosto, as luzes lunares me mostrando caminhos e atalhos na mata, seres não identificáveis do mundo animal se mexendo, o silêncio quebrado por sons parecidos com urros, gemidos ou até gritos
E para ficar mais indefinido ainda, com eco e muita reverberação !
Acordes semitonados soprando em meus ouvidos que começam a ficar vermelhos e quentes.
Penetram de tal forma, fazendo a cabeça ficar vazia, sem pensamentos e sem lembranças.
Apenas fico com os sentidos aguçados, pronto para reagir caso seja necessário.
Uma espécie de força extra sensorial toma conta do lugar.
Os símbolos da mata aparecem em forma de éter.
A manifestação das criaturas invisíveis e das criaturas da mata, com hábitos noturnos,
Ficam cada vez mas notórias dado ao estágio de concentração em que me encontro.
Começo a me acostumar com a situação, e a me sentir parte do lugar.
Parece assustador, mas chega enfim o som do silêncio e tudo parece se definir.
E então quando finalmente consigo me divorciar dos meus medos e das minhas incertezas, começo a perceber que as coisas na vida requerem muita coragem, muita atenção, concentração e muito conhecimento.
Então começo a entender que a vida é uma escuridão e o nosso destino é o que conseguimos imaginar, o que conseguimos idealizar.
É o futuro mostrando para o presente, como não deveria ser o nosso passado, com seus erros e desalinhos.

Trocar os sonhos por realidade, a paixão por resultados, mesmo xingando e esbravejando quando não se tem o resultado apropriado é o mais adequado.
E até chorando quando se obtém vitórias e agradecendo a Deus por tudo e por conseguir a permissão de alinhar matéria e espírito, é divino e humilde.
Quando se trabalha num projeto de vida, se trabalha para a eternidade.
E terminando o meu relato consigo concluir que:
O som que é mais apropriado, quando temos dúvidas ou incertezas e precisamos refletir é,
Sem duvida nenhuma: “ O som do silêncio ”.


Giulio Romeo*
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